Governo pressiona setor privado para bancar bolsa de estudo

Presidente espera parceria empresarial para oferecer cursos de pós-graduação

Por ordem da presidente Dilma Rousseff, a ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann, juntamente com os secretários-executivos dos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia, vem trabalhando para angariar adesões da iniciativa privada ao programa Ciência sem Fronteiras. A intenção do governo é conseguir progressos na educação, bem como a criação de uma demanda de mão de obra especializada.

O apoio do setor privado ainda é tímido às pretensões do programa, por conta das dúvidas sobre os valores de bolsas de estudo aos alunos de graduação, mestrado, doutorado, pós-doutorado e pesquisadores que atuam no exterior. Até o fim de 2014, Dilma Rousseff, através do programa Ciência sem Fronteiras, espera contar com 100 mil bolsistas brasileiros nas principais universidades do mundo, nos cursos tidos como estratégicos e prioritários para o crescimento do país.

A presidente exerce pressão contra alguns setores, como os bancos, e almeja que a iniciativa privada financie 25 mil bolsas de estudo e o governo ofereça 75 mil,  por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

“Espero contar com a participação de todos”, disse a presidente na ocasião. “É um desafio para o setor privado, especialmente para a Febraban. Viu, Murilo Portugal (presidente da entidade)? Falo no Murilo Portugal, porque ele já esteve na Secretaria do Tesouro e sabe perfeitamente o que representa, para um país como o Brasil, destinar R$ 3,1 bilhões para este programa. Acho importante a participação do setor privado”, avaliou Dilma.

Fonte: Fernando Exman (jornal Valor Econômico – 03/11/2011)

Comentários   

0 # Michele Santos 11-11-2011 15:59
Para tal se faz necessário também que esses diplomas conquistados fora do país tenham valor aqui. O processo é muito burocrático, estressante e frustrante na maior parte das vezes. Espero que a Presidente Dilma possa sensibilizar-se com essa necessidade!
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