Acadêmicos defendem a valorização de estágios e cursos de licenciaturas.
Uma das principais críticas feitas por especialistas em educação é que as universidades não estão investindo como deveriam na formação de novos professores. Muitos acadêmicos concordam que, para crescer na carreira, o exercício do estágio é a base para o futuro professor criar dinâmicas de ensino, lidar com problemas de aprendizagem, além de saber inserir-se no contexto humano e educacional numa instituição de ensino.
“O estágio é fundamental para conectar o que o aluno aprende na universidade e o mundo real. Ele precisa sair sabendo como são as escolas, quais são as dificuldades concretas que ele vai encontrar e quem é esse jovem que ele vai ensinar e que ele só estuda na psicologia. Mas o estágio precisa ser bem feito, orientado e cobrado”, argumentou Roberto Franklin Leão, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
Outros acadêmicos acreditam que a classe docente está desvalorizada não só pelas universidades, mas que, muitas vezes, isso acontece dentro do próprio seio educacional. “O professor da universidade que está preocupado em dar aula na escola de educação básica é visto no seu departamento como inferior porque não está preocupado em publicar artigos nas revistas de ponta”, avaliou Mozart Neves Ramos, membro do Conselho Nacional de Educação (CNE).
Ramos defende a criação de centros de formação nas universidades, independentes dos departamentos que oferecem as licenciaturas. De acordo com o vice-presidente da Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (Abrucs), Marcelo Lourenço, o esfriamento no mercado causou o fechamento de cursos de formação de professores e de licenciaturas. “Nós estamos pedindo socorro porque os cursos estão fechando por falta de procura”, apelou.
Fonte: UOL
Comentários
de Sergio Roberto - 17/9/2011 1:35:11
de Prof. Ivar C O V - 17/9/2011 7:12:46
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