Ensino Superior

Ensino Superior (525)

Apesar da adoção de políticas afirmativas e do aumento de vagas, a proporção de estudantes das classes C, D e E nas universidades federais ficou estagnada nos últimos 15 anos. É o que revela levantamento divulgado no dia 2 de agosto pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). O levantamento foi realizado no ano passado e contou com a participação de 19.691 universitários (3% do total). A definição de classe econômica seguiu critérios da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep). Em 1996, na primeira pesquisa do gênero, 44,3% dos alunos enquadravam-se nas classes C, D e E. Em 2010, o percentual caiu para 43,7%, variação que está dentro da margem de erro. A renda familiar média desses estudantes é de R$ 1.459 ou menos. O relatório conclui que há uma concentração de estudantes das classes A e B. No conjunto da população, por exemplo, a classe A corresponde a 4,5% do total, mas, nas universidades federais, representam 15,25% das matrículas. Somadas, as classes A e B representam 32,9% dos habitantes, mas ocupam 56,32% das vagas. O relatório considera, no entanto, que a pesquisa derruba o mito de que as federais só atenderiam os mais ricos. Um dos itens pesquisados revela que 56% dos entrevistados vão para a faculdade de transporte coletivo, ante 21,62% que usam veículo próprio. O presidente da Andifes chama a atenção para outro dado: 67,16% dos estudantes vêm de famílias com renda média mensal entre R$ 415 a R$ 2.656. 

Fonte: O Globo

Pesquisadores da Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) traçaram um perfil psicológico de 51 mil pessoas, que pode auxiliar os professores a entenderem seus alunos. Fazendo uso de um questionário online (www.temperamento.com.br), os estudiosos analisaram o perfil de pessoas com idades entre 11 e 32 anos.

Diogo Lara, médico psiquiatra e professor titular da Faculdade de Biociências da PUC-RS, aplicou os resultados obtidos em uma sala de aula e concluiu que, dentro de um ambiente de ensino, existem quatro perfis de estudantes: estáveis, internalizados ou inibidos, instáveis e externalizados. De acordo com ele, esses perfis são baseados em características pessoais e sentimentos que se manifestam no indivíduo durante uma aula, em escolas ou faculdades. "Os tipos são determinantes para o sucesso ou fracasso do ensino. O desafio do professor é se adequar aos seus estudantes para aumentar o rendimento da turma", diz.

O perfil predominante em uma escola são os estáveis, que compreendem 30% dos alunos. "Eles são perfeccionistas, bem dispostos e têm perfil de liderança. É o grupo mais fácil de trabalhar, pois se adaptam a diferentes tipos de atividades com facilidade", explica Lara.  Contudo, o mesmo não acontece com os internalizados ou inibidos, que representam de 20 a 25% dos estudantes e possuem características como timidez e depressão. Eles lidam bem com aulas expositivas, mas não gostam de trabalho em grupo. Além disso, participam pouco da aula. Os conhecidos como "galera do fundão" receberam a denominação de instáveis e representam de 20 a 25% dos alunos em uma sala de aula. Apresentando comportamentos como alternância de humor e agitação, esse grupo tende a não lidar bem com regras e ensinamentos monótonos. Aulas interativas são bem recebidas por eles. Segundo o psiquiatra, os professores devem ser pacientes com este grupo e saber conversar.

Por fim, existem os externalizados, que também se sentam no fundo da sala e representam de 20 a 25% dos estudantes. Conforme o estudo, eles são desinibidos e não gostam de aulas formais, preferindo atividades dinâmicas e esportivas, nas quais possam descarregar energia. Lara explica que a diferença deste grupo para os instáveis está na forma como lidam com conflitos. Para os professores que desejam reconhecer os perfis dos seus alunos, Lara sugere analisar o local onde os estudantes costumam sentar. Os estáveis, por exemplo, preferem as mesas no centro ou na frente da sala. Os Inibidos, geralmente, escolhem as cadeiras da frente, e os externalizados e instáveis se reúnem no fundo.

Fonte: Terra

Estou mudando de cidade, mas quero continuar lecionando. Será que conseguirei? As cidades de Bauru e de Ribeirão Preto, no Estado de São Paulo, abrigam cada uma 22 instituições de ensino superior. Pelo porte dessas cidades, parece razoável, não? Você quer saber se existe curso superior de Administração em Uiramutã, no Estado de Roraima? É possível ser tutor de um curso superior de webdesign à distância (não presencial)? Existe curso superior de Segurança da Informação em São Paulo? Em caso positivo, em quais instituições? Você pode encontrar todas essas informações no Sistema e-MEC, em que estão registrados todos os cursos de todas as instituições de ensino superior do país.

Fonte:  e-MEC

A Capes assinou acordo de cooperação científica com o Instituto de Pesquisa Weizmann, de Israel. O documento assinado explicita o interesse em aprofundar a cooperação acadêmica entre instituições de ensino dos dois países, a fim de promover o desenvolvimento da ciência e tecnologia em ambos. Com a assinatura, tanto a Capes quanto o Instituto Weizmann se comprometem a promover e estabelecer um programa de intercâmbio estudantil, além de promover o intercâmbio em áreas de qualificação de professores e tecnologias da educação. Além disso, o memorando traz como objetivos fomentar a parceria universitária e apoiar seminários, workshops e conferências. Outras informações no site da Capes.

Fonte: Capes

As inscrições para o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida), do Ministério da Educação, estão abertas até 10 de julho, pela internet. Podem se inscrever médicos brasileiros ou estrangeiros residentes no Brasil que obtiveram diploma de graduação em instituições estrangeiras reconhecidas no país de origem. A primeira edição do exame, aplicadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), está marcada para 28 de agosto, em caráter eliminatório. Os médicos aprovados estão aptos a fazer o exame de habilidades clínicas, em 1º e 2 de outubro, também eliminatório.

Fonte: Inep

O Conselho Nacional de Educação (CNE) começa a discutir a revisão das regras para a revalidação de diplomas estrangeiros no Brasil. Atualmente o processo ocorre de forma descentralizada: a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) determina que cabe às universidades públicas a tarefa de validar os diplomas obtidos em instituição estrangeira, seja de graduação, mestrado ou doutorado. O processo é burocrático e longo, pois “Hoje esse serviço é quase personalizado porque cada instituição tem sua regra e cada departamento dentro dela tem as suas. Se houvesse uma orientação geral, preservando a lógica da autonomia universitária, o processo poderia ser melhorado”, avalia Edward Brasil, reitor da Universidade Federal do Goiás (UFG). Entre as possibilidades em discussão está a de um reconhecimento mais facilitado no caso de estudantes que vão ao exterior com bolsas cedidas por órgãos do governo como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) ou a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), já que, nesses casos, a qualidade do curso e das instituições estrangeiras já foi certificada para a concessão da bolsa. Na área de medicina, será realizada pela primeira vez pelo Ministério da Educação o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida). Veja mais detalhes nesta edição sob o título “Diplomas obtidos no exterior terão prova de validação anual”.

O Prouni (Programa Universidades para Todos) foi criado em 2004, pela Lei nº 11.096/2005 e tem como finalidade a concessão de bolsas de estudos integrais e parciais a estudantes do ensino superior em instituições privadas. Segundo o Secretário de Educação Superior do MEC Luiz Cláudio Costa, existem cerca de 92.107 vagas em 1.303 instituições de ensino superior. Do total de vagas, São Paulo é o estado que concedeu o maior número de bolsas no segundo semestre de 2011, sendo 12.420 bolsas integrais e 14.601 bolsas parciais (50%), no total de 27.021 bolsas. Em segundo lugar aparece Minas Gerais, com 11.212 bolsas, e Paraná, com 7.663.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou a decisão do Judiciário alagoano, que determinou o pagamento de indenização aos alunos que cursaram uma pós-graduação que não era reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC). A Universidade Salgado de Oliveira deverá pagar a cada ex-aluno uma indenização por danos morais correspondente ao dobro do que foi gasto com mensalidades, além de R$ 2,5 mil. Segundo o advogado Dave Prada, especialista em direito educacional, quando a instituição não deixa claro para o aluno que a situação do curso ainda não está completamente regularizada, a Justiça tem concedido ganho de causa aos estudantes.

Fonte: Portal UOL
Quarta, 14 Setembro 2011 17:06

EaD tem novo ciclo de investimentos

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Brasil tem cerca de 1 milhão de estudantes em cursos a distância.

Por conta da alta demanda de alunos em busca de cursos de Ensino a Distância (EaD), universidades de vários Estados têm procurado investir nessa área, assim como incorporá-las entre suas atividades acadêmicas. Em reportagem às repórteres Beth Koike e Paola de Moura, do jornal Valor Econômico, instituições de ensino como: Anhanguera Educacional, Kroton, Universidade Norte do Paraná (Unopar) e Estácio de Sá, do Rio de Janeiro, estão apostando cada vez mais em EaD.

Segundo a reportagem, o mercado de ensino a distância já chega aproximadamente a 1 milhão de estudantes. Por conta desse crescimento, abriu-se a possibilidade de o Ministério da Educação (MEC) flexibilizar, nas próximas semanas, as exigências de reestruturações nas sedes de EaD, com a criação de bibliotecas e laboratórios de informática. Só em 2008 foram desativados 1.337 polos de EaD no Brasil.

Mas de acordo com João Vianney, consultor da Hoper, os estudantes encontram fontes de pesquisa pela internet ao invés de procurar as fontes mais convencionais. "Não há sentido ter biblioteca ou uma estrutura enorme nos polos de EaD. O acesso à tecnologia avançou e os alunos podem fazer tudo pela web", argumentou.

A Universidade Anhanguera está investindo em uma nova plataforma tecnológica, com o intuito de dobrar a capacidade de ministrar aulas a distância. Dos seus 308 mil alunos, 35% estão matriculados em EaD. A Unopar, que detém o título de maior faculdade de ensino a distância do Brasil, com 150 mil estudantes, investe em novos cursos e ferramentas tecnológicas, para alcançar o dobro de alunos até 2015. Apenas 10 mil alunos da Unopar estão matriculados em cursos presenciais.

Já a Kroton espera que o MEC aprove sua entrada no mercado de EaD para 2012. A previsão da instituição é começar o novo ano com 60 mil alunos. No Rio de Janeiro, a Estácio de Sá possui 45 polos de EaD em cursos técnicos, graduação e pós-graduação. A universidade aguarda que o MEC autorize mais 27 polos para o ano que vem.

Fonte: Jornal Valor Econômico (12.09.2011)

Estudo foi elaborado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico.

Logo após a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) serem classificadas entre as 300 melhores universidades do mundo (veja matéria), uma pesquisa diz que a proporção de adultos com nível superior no Brasil está a anos-luz dos países ricos. O estudo foi elaborado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A pesquisa reporta indicadores educacionais de 42 países e indica que, caso a proporção de brasileiros graduados em curso superior não aumente em relação ao que é visto hoje na população de 25 a 34 anos, o Brasil ficará cada vez mais distante da média da OCDE. Se levarmos em conta apenas a população entre 25 e 34 anos, o País conta com apenas 12% de pessoas com nível superior, sendo o menor percentual da lista. Já entre a população na faixa etária de 55 e 64 anos, a proporção diminui um pouco, para 9%. Por esses dados, a evolução da taxa de educação superior entre gerações é de três pontos percentuais.

Fonte: Folha.com