Ensino Superior

Ensino Superior (525)

O governo britânico anunciou novas medidas para limitar a concessão de visto de estudante. Segundo a secretária do interior, Theresa May, o objetivo é fechar instituições de ensino fraudulentas e limitar a entrada no país de quem não tem fluência no idioma. Entre outras iniciativas, o governo britânico pretende diminuir as horas trabalho permitidas aos estudantes, exigir que os estrangeiros sejam fluentes em inglês e diminuir o tempo que os estudantes podem continuar no país depois do término do curso. O governo espera uma diminuição na ordem de 25% no número de vistos concedidos. Para as autoridades essas medidas não devem afetar alunos de grandes universidades como Oxford e Cambridge.

Fonte: www.uol.com.br

altQuem estudou medicina em uma universidade estrangeira pode agora validar seu diploma através do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos estrangeiros em qualquer instituição reconhecida pelo MEC. A prova será aplicada pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) e terá duas etapas. As universidades podem escolher reconhecer ou não o resultado da prova. Para o reconhecimento do exame, a universidade deve firmar um termo de adesão com o MEC. Caso contrário, podem continuar com os atuais processos de revalidação. O Exame Nacional foi oficializado pelos ministérios da Educação e da Saúde e a decisão publicada no Diário Oficial da União.

Fonte: www.uol.com.br

A historiadora Drew Faust conheceu o Brasil através de seus estudos sobre a escravidão nas Américas. Hoje em dia o que chama sua atenção é a força emergente do país. Ela vem ao Brasil no final do mês de março e concedeu entrevista aos jornalistas do site da Folha de S. Paulo, Luciana Coelho e Gilberto Dimenstein. Veja trechos dessa entrevista.

FOLHA - O que a sra. espera da viagem ao Brasil?
DREW FAUST - Nunca estive lá. Estou animada em ir, afinal, é obviamente um lugar vibrante, que está crescendo e se tornando cada vez mais importante no mundo. É um pais sobre o qual eu comecei a aprender como estudante pesquisando história comparada nas Américas no colonialismo e na escravidão. Essa foi minha introdução na história do Brasil, mas nunca tive a chance de estar lá.

Sempre leio a respeito do Brasil, porém, sobre seu crescimento e reivindicação de uma parte significativa da produção econômica mundial. Também a política do Brasil tem sido muito interessante nos últimos anos, com o presidente Lula os avanços que ele promoveu no país.

Estou bem animada em ir, temos professores interessados em promover atividades no Brasil, como os programas de janeiro, quando os estudantes da escola de governo, da escola de engenharia e da graduação vão lá estudar água e questões ambientais.

FOLHA - Ainda assim não há tantos estudantes e professores aqui em Harvard, mesmo quando se compara, proporcionalmente, com outros países latino-americanos. A universidade está tentando fortalecer estes laços?
FAUST - Estamos, estamos bastante. Temos uma doação muito generosa de um brasileiro, o Jorge Paulo Lemann, que apoiou nossa expansão em estudos brasileiros, então avançamos alguns passos e esperamos que continuemos a avançar.

FOLHA - Vocês têm um escritório lá [desde 2006]. Como está indo?
FAUST - Acho que está indo muito bem. Há bastante interesse por parte de nossos professores e estudantes em fazer conexões e tocar programas lá, como esse que eu citei.

A [Harvard] Business School está muito interessada em fazer estudos de casos do Brasil, dada a animação com a economia. Estamos bem otimistas com as nossas conexões com o Brasil, e minha viagem é para reforçar isso, essa expansão e esse envolvimento. Espero conseguir intensificar esse momento.

FOLHA - E uma colaboração entre Harvard e universidades brasileiras, como a USP e a Unicamp, seria interessante?
FAUST - Acho que nossa conexão com universidades internacionais é sempre sadia e pródiga em construir mais conexões. Estou ansiosa por um encontro.

FOLHA - Como Harvard está se expandindo globalmente e o que está fazendo para atrair mais estrangeiros, não só estudantes mas também professores?
FAUST - Nós nos tornamos uma universidade muito mais global nos últimos anos em uma série de aspectos. Tivemos um aumento de 20% no número de estudantes estrangeiros aqui em Harvard na última década, de forma que hoje 20% dos alunos da universidade hoje são estrangeiros. Isso varia de escola para escola --a escola de governo é a mais internacionalizada-- mas de modo geral 20% dos alunos são estrangeiros. E isso é uma mudança significativa na última década.

Outra coisa importante que mudamos nesse sentido é a ênfase, para os alunos de graduação, à importância de ter uma experiência internacional significativa durante seu período aqui. A reação dos nossos estudantes foi impactante --1/4 deles teve alguma experiência internacional significativa no ano passado. Se você considerar que um quatro deles vá a cada ano, e que eles fiquem aqui quatro anos, praticamente todo mundo acaba fazendo tendo uma dessas experiências.

FOLHA - Qual a relação de Harvard com o governo federal e as instituições privadas no que diz respeito ao financiamento de pesquisa? E como esse financiamento é distribuído?
FAUST - A Fundação pela Pesquisa Científica nos EUA, desde a Segunda Guerra, tem sido uma parceria entre as universidades e o governo federal. Há essencialmente uma decisão tomada, da qual as universidades nos EUA estão bem cientes, de que a pesquisa científica seria amparada por dinheiro do governo federal, e essas universidades seriam o local das pesquisas mais importantes.

Nós recebemos uma proporção substancial, majoritária de nosso financiamento à pesquisa do governo federal. Está em cerca de 21% de nosso orçamento total hoje [de US$ 3,7 bilhões] --e isso só para pesquisa patrocinada, não é todo o investimento federal. E ainda temos cerca de US$ 600 milhões por ano de fontes federais para pesquisa em ciências e ciências sociais.

Nosso orçamento também conta com uma contribuição significativa de nosso fundo de doações [endownment], que é um modelo de operação próprio das universidades privadas e que algumas universidades públicas agora tentam adotar.

Hoje cerca de 35% de nosso orçamento operacional vêm desse fundo. Está um pouco abaixo de dois anos atrás, era 38%, e estamos tentando diversificar. E depois temos as anuidades, que também perfaz uma boa parte de nosso orçamento.

FOLHA - O fundo sofreu nos últimos dois anos, não? Como foi lidar com a crise econômica?
FAUST - [A crise] nos obrigou a termos um olhar mais duro com o que estávamos fazendo, ver como poderíamos ser mais eficientes, estabelecer prioridades e decidir o que poderíamos passar sem. O fundo de fato caiu 27%, e ele bancava 38% do nosso orçamento. Foi um momento de autoexame intenso na universidade, e acabamos fazendo algumas mudanças. De forma geral, eu diria que o resultado foi esse autoexame que não necessariamente teria motivo sem a disciplina financeira imposta pela crise. Mas acho que no longo prazo seremos uma instituição mais forte por conta disso.

FOLHA - A folha de pagamento consumiu US$ 1 bilhão no ano passado. Além de bons salários e da marca, o que Harvard oferece aos docentes e pesquisadores?
FAUST - Tentamos ter a base mais diversificada possível para garantir que não estamos ignorando ninguém para ficar com a escolha mais óbvia ou mais conhecida de quem cuida das contratações. Para convencê-los a vir aqui, a razão mais atraente é sempre as pessoas em volta e a oportunidade intelectual. Um departamento vibrante, outros acadêmicos que vão ajudar a aprimorar o trabalho daquele indivíduo, desafiando-o de forma a conseguir seu melhor trabalho, essa é nossa ferramenta mais importante. Também tentamos criar um ambiente para um indivíduo desenvolver seu melhor trabalho, o que pode significar fornecer recursos em um laboratório, uma boa biblioteca, chances de pesquisa, financiamento de viagens se a pessoa precisa pesquisar em outros lugares. E na questão salarial, estamos no mercado para atrair talentos acadêmicos. A pessoa nos diz quanto está ganhando, quanto precisa, e nós respondemos dentro do mercado.

FOLHA - Última coisa que você já deve ter respondido milhares de vezes. Depois das declarações do [ex-reitor] Larry Summers sobre a capacidade feminina menor para as ciências, como é ser a primeira reitora mulher de Harvard? Faz diferença?
FAUST - Primeiro recebi um monte de cartas, chamou atenção. Mas agora acho que as pessoas já se acostumaram.

Fonte: www.folha.uol.com.br

Por causa da falta de recursos, salários foram atrasados, os prédios sucateados e muitas dívidas se arrastaram até conseguirem um acordo.

Mas o aumento da arrecadação estadual nos últimos anos trouxe benefícios às universidades públicas paulistas aproveitam para implantar melhorias como bibliotecas, grandes reformas e contratações. As informações são da reportagem de Fabio Takahashi para a Folha de S.Paulo.

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altO MEC divulgou a distribuição de mais de três mil professores pelas instituições federais de ensino superior que participam do Reuni. A contratação é temporária e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná poderá contratar o maior número de professores: 228. As informações são do site UOL Educação.

Fonte: www.uol.com.br

De periodicidade trimestral, a Revista Brasileira de Pós-Graduação (RBPG) recebe textos inéditos de autores brasileiros e estrangeiros em forma de estudos e pesquisas de caráter acadêmico-científico, e que contribuam para o debate e a troca de experiências relativa à educação superior. Os textos devem ser enviados para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. até 30 de abril. A revista trata de temas como políticas de pós-graduação, demandas da comunidade científica e ações das agências de fomento. Confira aqui as normas de colaboração.

Para a coordenadora do BookCrossing Brasil, Helena Castello Branco, a adesão da universidade traz mais credibilidade ao programa. “Acreditamos que essa parceria poderá abrir portas para outras universidades que tenham intenção de fazer parte do projeto”, afirma Helena. O professor Roberto Ferreira da Silva, coordenador do programa Uma universidade que lê!, lembra que “todas as ações de incentivo à leitura são bem-vindas, pois ampliam e enriquecem as experiências em nossa comunidade”. O movimento começou nos Estados Unidos em 2001. A pessoa interessada em participar deve se cadastrar no site www.bookcrossing.com.br, com um login e senha. O usuário pode cadastrar um livro de sua própria estante e deixa-lo em um local de troca, ou mesmo em um lugar público. A ideia é que a pessoa que “achar” o livro leia ele, deixe sua impressão no site e passe-o adiante. O BookCrossing conta hoje com mais de 850 mil participantes em 130 países. O lançamento do programa na Universidade Anhembi Morumbi acontece no dia 25 de abril na Biblioteca do Campus Centro (Rua Dr. Almeida Lima, 1134, no Brás, em São Paulo). O evento é aberto ao público.

As universidades têm se esforçado para acompanhar o mercado de trabalho. Entre outros investimentos, têm aberto novos cursos de graduação. As áreas com maiores investimentos são biodiversidade e energias renováveis, como é o exemplo do curso de Agroecologia da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa). O diretor do Instituto de Biodiversidade e Florestas, João Ricardo Vasconcellos Gama, explica o curso: “na Região Norte, o engenheiro chega para fazer o inventário florestal e a população pergunta como fazer para resolver o problema de um animal. Por isso criamos um curso que mescla agronomia e zootecnia. O profissional sai especializado em agricultura familiar”. A Universidade Federal do Pampa (Unipampa) também criou um curso que atende o público regional. O curso Engenharia de energias renováveis e ambiente atende os interessados em trabalhar nos parques eólicos que proliferam nas redondezas. (Com informações de Ocimara Balmant para o Estado de S. Paulo.)

A campanha lançada pelo movimento Todos pela Educação tinha a intenção de valorizar o professor, mas acabou virando piada. Os usuários eram incentivados a usar a hashtag #1bomprofessormeensinou e contar bons exemplos, histórias e lições de vida aprendidas com um docente. Porém, a expressão foi parar na lista dos mais comentados com frases do tipo “#1bomprofessormeensinou que casar gasta muito dinheiro, então não devemos nos casar”, “#1bomprofessormeensinou várias coisas, mas já esqueci tudo”. A assessoria de imprensa do Todos pela Educação confirmou que iniciou a disseminação do hashtag, mas que a intenção era realmente homenagear os professores.

O prazo para as instituições de ensino enviarem as informações exigidas pelo Inep para o Censo da Educação Superior foi prorrogado para 13 de maio. As instituições públicas e particulares devem acessar o site do Censo para enviar informações sobre a situação acadêmica de alunos e professores, atividades complementares, entre outras. Os dados serão utilizados em índices de qualidade. O resultado final será divulgado em 25 de junho.