“Nossa intenção é estimular e apostar na capacidade de inovação da indústria. Ela foi uma parceira nesse período para superar a meta de redução e já conseguimos retirar mais de 11 mil toneladas de sódio dos alimentos industrializados no país”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
O objetivo do acordo é retirar 28 mil toneladas de sódio até 2020. Estima-se que desde 2011, cerca de 11,3 mil toneladas do teor de sódio tenham sido retiradas dos produtos como bisnaguinhas, massas instantâneas, bolos prontos, biscoitos e caldos.
O consumo excessivo de sódio pode gerar uma série de doenças, como a Hipertensão Arterial, de acordo com a Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico – Vigitel 2012, a doença acomete 24,3% dos brasileiros atualmente.
Presente no sal de cozinha e em produtos industrializados, o brasileiro consome, em média, 12 gramas por dia, segundo Pesquisa do Orçamento Familiar (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais que o dobro do que os 5 gramas recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A Sociedade Brasileira de Cardiologia considerou que se o cidadão brasileiro chegasse ao consumo normal, o país registraria uma redução das mortes por hipertensão e às suas complicações. A mudança ainda seria responsável pela diminuição em 10% das mortes por infarto e 15% de mortes por Acidente Vascular Cerebral (AVC), principal causa de óbitos no Brasil. Só em 2011 foram registrados 100 mil casos fatais.
Além disso, a diminuição de sódio poderia reduzir em 1,5 milhão o número de indivíduos que necessitam de medicação para controlar a pressão alta, como também o acréscimo de mais quatro anos na expectativa de vida dos hipertensos.
O Portal da Saúde disponibilizou uma página eletrônica com informações sobre alimentação saudável e efeitos do uso excessivo do sódio.
Fonte: Portal da Saúde