Quarta, 18 Abril 2012 00:00

O que pensam e esperam os pais dos "bixos" da FEA-USP?

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Calouros dizem-se esperançosos com a possibilidade de estudarem na FEA

No evento de boas-vindas patrocinado pela Associação dos Amigos da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (Amefea), no último sábado (14), pais de alunos acompanharam de perto as explanações sobre o que aguarda seus filhos, agora como calouros da USP.

Com a intenção de apoiar estudantes de baixa renda com bolsas-auxílio para se manterem na faculdade, muitas famílias resolveram tornar-se sócias ou contribuintes da Amefea.

bixo fea140420121Marco Antonio Pathe Filho, acompanhado dos pais, Marco Antonio, que é economista, e mãe Sandra Marques, que é contabilista, é recém-chegado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), e explicou por que decidiu ingressar na FEA.

“Deixei a PUC, na qual também fazia Administração, por conta do nível de excelência da USP. Depois da reunião de hoje, estou muito interessado num intercâmbio. Já fiquei dois anos na Austrália e pretendo ter mais uma experiência no exterior. Ainda é cedo para dizer no que pretendo me especializar, mas posso dizer que estou muito motivado para estudar. Antes, eu achava matemática muito complicada, e agora já gosto bastante. Hoje, acho as disciplinas de humanas não tão atraentes”, disse o estudante.

Para o seu pai, a reunião na Amefea serviu como incentivo para tornar-se sócio da entidade. “Não vamos solicitar a bolsa, já que não precisamos, mas isso não é motivo para não contribuirmos. Vamos nos tornar sócios porque muitos outros estudantes vêm de fora e não podem se manter. Considero uma grande iniciativa da Amefea poder ajudar a quem necessita”, afirmou o economista.

bixo fea140420122Já a família Nishikawa, que teve a felicidade de ver o filho, Alberto, aprovado no curso de Economia, o foco do filho deve estar baseado, por enquanto, nos estudos, para depois, pensar no mercado de trabalho. Se por um lado, Alberto está seguindo a carreira do pai, Atushi, está trilhando uma carreira bem diferente da mãe, Amélia, que é farmacêutica.

“Alberto deve se preocupar em estudar primeiro. Queremos que ele faça a graduação e depois pense no mestrado e no doutorado, para depois, alcançar o objetivo do trabalho”, ponderou a mãe.

A mesma opinião é compartilhada por Atushi Nishikawa. "Não necessitamos que nosso filho solicite a bolsa da Amefea, mas também vamos contribuir, porque o projeto deles é muito interessante. Tudo que foi falado na reunião é de grande ajuda, principalmente sobre a necessidade de aprender um outro idioma para poder estudar no exterior. Depois que ele estiver preparado, poderá arranjar um bom emprego”, disse o economista.

Ao contrário de muitos jovens que buscam a independência financeira logo no começo, Alberto pretende apenas estudar nos dois primeiros anos, mas ainda não decidiu em que área específica da profissão pretende atuar. “Quero estudar dois anos, sem ter que me preocupar com emprego ou com dinheiro, mas pretendo arranjar pelo menos um estágio. Ainda não decidi no que me especializar ainda; não sei se vou ser professor, já que quero fazer pós-graduação. Considero muito importante a área da pesquisa; talvez eu me especialize nisso”, adiantou o rapaz.

Fotos e reportagem: Alexandre César

Read 3698 times Last modified on Quinta, 19 Abril 2012 22:49

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