O objetivo da reunião foi aproximar os pais de alunos dos professores e mostrar-lhes o que é a FEA (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade). O representante de cada faculdade teve a oportunidade de apresentar a história, a estrutura e a importância de sua faculdade no mundo acadêmico.

Num clima de confraternização, o evento começou com um café-da-manhã bastante animado. Em seguida, o professor de Economia da USP e presidente da Amefea, Joaquim Guilhoto (foto 2), realizou o discurso de abertura.

“É uma honra para nós termos todos aqui alunos, pais de alunos e os colegas que estarão ao nosso lado em mais um ano letivo. Vocês devem estar se perguntando para que serve a Amefea. A resposta é que todos que a compõem trabalham para o crescimento dos alunos como cidadãos, bem como para elevar o nome da FEA e da USP. Sabemos que o governo dá recursos para que o estudante possa desenvolver suas habilidades, mas nem sempre é o suficiente, e é por isso que a Amefea existe. Estamos aqui para incentivar a educação de jovens que desejam vencer na carreira, possibilitando-lhe boas condições de estudo, concedendo bolsas-auxílio para alguns alunos necessitados, para conseguirem bons estágios ou empregos..." informou Guilhoto.

Também referindo-se ao mercado de trabalho, pois os estudantes da FEA são muito procurados para estágio, o professor de Edgard Cornacchione, chefe do Departamento de Contabilidade e Atuária, pediu atenção aos calouros e aos responsáveis presentes.

“Hoje, a FEA está entre as melhores faculdades do mundo. Digo isso porque muitos de nossos alunos vão para o exterior para fazerem intercâmbio. Não pensem que estudar no exterior é difícil; não é. Também não é difícil para nossos alunos fazerem estágio numa grande empresa. No entanto, faço uma ressalva aos pais e aos estudantes que estão chegando agora: tenham cuidado com suas escolhas no estágio, para não perderem o foco do estudo. Muitas grandes empresas vêm aqui na USP e levam nossos alunos para fazerem estágio prometendo que serão contratados ao final do estágio, o que muitas vezes não ocorre e podem ser falsas promessas. E o aluno, desejando algo concreto no futuro, de forma ingênua, acaba aceitando essa condição, esquecendo-se de sua vida acadêmica, o que pode acarretar reprovações e perder o curso”, sentenciou.

Muitas dúvidas de pais (principalmente de mães) foram pacientemente respondidas e esclarecidas pelos coordenadores dos três cursos. As dúvidas se referiam a estágios, intercâmbio no exterior, duração do curso etc. (na foto 3, a Professora Vera Fava, do Departamento de Economia).

Fazendo coro aos professores, o economista Davilson Campaneli, sócio da Amefea, aproveitou também para aconselhar os jovens alunos recém-chegados à FEA.

“Não tive a honra de ser estudante da USP; na verdade, entrei aqui por tabela, pois o meu filho foi aluno de Economia pela universidade. Afirmo que é fácil entrar aqui, o difícil é sair. Sobre o intercâmbio que seus filhos poderão fazer no exterior, eu aconselho que já saiam daqui falando um idioma fluente, como o inglês ou o alemão. Meu filho foi para a Alemanha duas vezes, saiu daqui falando inglês e depois aprendeu o alemão. Ele nunca precisou fazer serviços domésticos, mas aprendeu de tudo quando passou a se cuidar sozinho, como lavar roupa, cozinhar, arrumar o quarto. Sozinho "entre aspas", porque eu tinha um custo de 1.500 euros por mês. Por isso, eu digo: preparem o bolso porque não será fácil. Mas faço a ressalva: invistam nos seus filhos porque vale muito a pena”, afirmou Campaneli.

Fotos e reportagem: Alexandre César