Ministro diz preocupar-se com o legado para as futuras gerações.
Na última terça-feira (13), o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, oficializou um pedido à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), do Senado, para que o Congresso Nacional reavalie as receitas do fundo setorial CT-Petro, oriundas da Lei nº 12.351/2010, aprovada pelo ex-presidente Lula em dezembro do ano passado.
Mercadante deseja que 30% dos investimentos destinados ao pré-sal seja aplicado na educação, e 7% em ciência, tecnologia e inovação. Para reforçar o apelo, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciência (ABC) organizaram um abaixo-assinado que foi entregue à presidente Dilma Rousseff. O documento defende a divisão dos royalties para educação, ciência, tecnologia e inovação.
O ministro enviou uma cópia do abaixo-assinado aos senadores, e argumentou que 30% do investimento do pré-sal, ou seja, R$ 3,97 bilhões anuais bastariam para melhorar a educação. “Quantia que possibilitaria dar um salto na qualidade do ensino, especialmente na educação básica”, relata o documento.
No entanto, as intenções de Aloizio Mercadante esbarram nos interesses dos governos e prefeituras, que esperam essa verba para gastos urgentes. “O pré-sal é uma riqueza provisória, temporária. O prefeito de amanhã não vai ter o pré-sal. Talvez a geração dos nossos netos não terá. O que nós vamos deixar para eles”? argumentou o ministro.
Fonte: UOL