Atualmente, vivenciamos um ponto de inflexão e transição. O século 21 trouxe mudanças profundas e significativas para a forma como lidamos com a informação, enquanto o modelo educacional não se adaptou. Por ano, são postadas 2,7 zetalhões de informações na Web.
Mais de um quarto da população mundial usa smartphones e estima-se que, nos próximos três anos, este número suba para um terço da população. Isso aponta para a árdua tarefa de formar pessoas em um mundo em constante mudança, no qual não se sabe quais serão as profissões do futuro. O jovem, hoje, é hiperconectado, extremamente dependente de tecnologia e inseguro quanto às suas atividades daqui a cinco ou dez anos.
Levando em conta esse cenário, o que uma escola deve considerar ao desenvolver conteúdos digitais? Essa decisão precisa estar alinhada à administração da instituição e deve ter um objetivo concreto, ou seja, estabelecer metas como dobrar o número de alunos, reduzir a taxa de evasão em 50% ou mesmo focar em ensino de inglês para profissionais. Além disso, é necessário avaliar a maturidade da organização, do público-alvo, a infraestrutura disponível e a capacidade de investimento.
Ainda é um desafio integrar a tecnologia às salas de aula, mas quando bem empregada pode ajudar a aumentar o tempo de atenção dos estudantes e o aproveitamento das informações. A boa notícia é que já existem cases bem-sucedidos no Brasil de escolas e soluções, como materiais didáticos disponíveis online ou a utilização de impressoras 3D e realidade aumentada.
Já adianto: não há uma única fórmula que se encaixe com perfeição em todos os negócios. No entanto, já existem várias soluções digitais, prontas para se adequar a cada escola. Como qualquer outra mudança, esta pode também não ser fácil, mas precisa ser iniciada. O quanto antes.
(*) Ricardo Cernic é vice-presidente de Digital Learning Solutions da América Latina e Diretor Geral da Cengage Learning Brasil