Segunda, 28 Setembro 2015 00:00

Não basta a tecnologia; a educação para o século 21 precisa de visão estratégica

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O que uma escola deve considerar ao desenvolver conteúdos digitais?

Ricardo Cernic (*) 

Os alunos vivem fora e dentro de sala de aula dois mundos diferentes. De um lado, a tecnologia intrínseca ao dia a dia; do outro, baixa interatividade e quase o mesmo modelo de ensino do século 19. Entre 38% e 40% das crianças com menos de dois anos de idade já interagem com tecnologia e, em pouco tempo, estarão nas salas de aula. Estamos preparados para recebê-las?

Atualmente, vivenciamos um ponto de inflexão e transição. O século 21 trouxe mudanças profundas e significativas para a forma como lidamos com a informação, enquanto o modelo educacional não se adaptou. Por ano, são postadas 2,7 zetalhões de informações na Web.

Mais de um quarto da população mundial usa smartphones e estima-se que, nos próximos três anos, este número suba para um terço da população. Isso aponta para a árdua tarefa de formar pessoas em um mundo em constante mudança, no qual não se sabe quais serão as profissões do futuro. O jovem, hoje, é hiperconectado, extremamente dependente de tecnologia e inseguro quanto às suas atividades daqui a cinco ou dez anos.

Levando em conta esse cenário, o que uma escola deve considerar ao desenvolver conteúdos digitais? Essa decisão precisa estar alinhada à administração da instituição e deve ter um objetivo concreto, ou seja, estabelecer metas como dobrar o número de alunos, reduzir a taxa de evasão em 50% ou mesmo focar em ensino de inglês para profissionais. Além disso, é necessário avaliar a maturidade da organização, do público-alvo, a infraestrutura disponível e a capacidade de investimento.

Ainda é um desafio integrar a tecnologia às salas de aula, mas quando bem empregada pode ajudar a aumentar o tempo de atenção dos estudantes e o aproveitamento das informações. A boa notícia é que já existem cases bem-sucedidos no Brasil de escolas e soluções, como materiais didáticos disponíveis online ou a utilização de impressoras 3D e realidade aumentada.

Já adianto: não há uma única fórmula que se encaixe com perfeição em todos os negócios. No entanto, já existem várias soluções digitais, prontas para se adequar a cada escola. Como qualquer outra mudança, esta pode também não ser fácil, mas precisa ser iniciada. O quanto antes.

 

(*) Ricardo Cernic é vice-presidente de Digital Learning Solutions da América Latina e Diretor Geral da Cengage Learning Brasil 

Read 1264 times Last modified on Terça, 29 Setembro 2015 00:06

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