Modelo para compreender a dinâmica da cultura científica

Estudo foi publicado na revista Public Understanding of Science

O professor Carlos Vogt, titular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), desenvolveu a ideia de que a dinâmica da cultura científica do Brasil e dos países ibero-americanos pode ser representada na forma de uma espiral, acompanhando o desenvolvimento de suas instituições voltadas para a prática e produção da ciência. Isso contribui para visualização e entendimento dos seus traços comuns.

Esse estudo foi publicado na revista Public Understanding of Science, em outubro passado. “A ideia era construir uma forma de representação da dinâmica da cultura científica desde o momento da produção do conhecimento científico até a apropriação e a circulação dele pela sociedade em geral, demonstrando como esse processo, que tem características muito particulares, ocorre de forma organizada, com diferentes atores atuando em cada uma de suas fases”, afirmou Vogt à Agência Fapesp.

Para provar sua tese, o professor criou uma espiral que gira sobre dois eixos e quatro quadrantes, que agrupa fatos e acontecimentos institucionais coincidentes no tempo entre o Brasil e países da América Latina. Com o movimento da espiral é possível apontar os pontos comuns entre os países sob vários aspectos, como economia e fatores culturais e sociais. Além disso, o sistema permite compreender o relacionamento, atitudes e compreensão das sociedades sobre ciências e tecnologias desenvolvidas.

“A espiral da cultura científica pode ser lida como uma grande metáfora que ajuda a compreender o processo de construção do conhecimento e de suas transformações em um determinado espaço geopolítico”, argumentou Carlos Vogt. Para conhecer todo artigo, acesse a página da Public Understanding of Science.

Fonte: Agência Fapesp

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