Escrever bem não é fácil; porém, existem redatores competentes para colocar as boas ideias em formato de linguagem escrita
Fernando Alves (*)
A atividade é antiga e lícita – nem todos que têm boas ideias têm competência para a redação. O fato de usar um profissional para transformar as ideias em projetos escritos não desmerece esses projetos. E mais: os livros que são alvos do ghost writing não são literatura, mas obras gerais dos mais variados matizes, como, por exemplo, autobiografias e livros comemorativos encomendados por empresas.
A discussão acerca de quem é o autor, no mais das vezes, não é pertinente, afinal, o que importa é o conteúdo. Se a ideia existe, mas o autor ou uma empresa não sabe nem por onde começar para transformá-la em texto, é hora de contratar um ghost writer para realizar seu objetivo. O ghost writer é um redator experiente, capacitado não apenas para registrar em palavras o conteúdo que o cliente quer transmitir, mas também “no tom” que ele deseja.
As técnicas utilizadas pelo ghost writer variam de projeto a projeto, se ajustando de acordo com as necessidades a eles inerentes. No caso de autobiografias, por exemplo, é usual o emprego de entrevistas gravadas com o biografado e pessoas a ele relacionadas, as quais são posteriormente degravadas e seu conteúdo aproveitado na redação propriamente dita. Já no caso de um livro comemorativo, é frequente, por exemplo, o mergulho do ghost writer em arquivos empoeirados para vasculhar documentos antigos, atas de reuniões, álbuns de fotografias, clippings e outras fontes para daí extrair a matéria-prima que constituirá a base da redação do livro. Em ambos os casos, o contratante – autor e editor – sempre acompanham o trabalho para apreciação e aprovação.
Evidentemente, o trabalho de ghost writer não se aplica a trabalhos acadêmicos.
Para mais informações: https://www.facebook.com/pages/Editora-Longarina/153585377997933
(*) Fernando Alves é editor com mais de 25 anos de experiência. É diretor da Editora Longarina.