Quarta, 07 Janeiro 2015 13:25

Koshukai 2015 da Asebex orienta os futuros bolsistas e estagiários

By
Rate this item
(0 votes)

Ainda há tempo para se inscrever no curso

koshukai 2015 - Mesa DiretoraNa última segunda-feira (5), a Associação Brasileira de Ex-Bolsistas no Japão (Asebex), em São Paulo, deu início ao seminário Koshukai 2015, que tem o objetivo de auxiliar futuros bolsistas de pós-graduação, graduação, estágios e demais cursos a se adaptarem à vida no Japão.

As aulas e palestras são oferecidas durante todo o mês (até 30 de janeiro), de segunda a sexta-feira e foca um diferente tema por dia. Portanto, ainda há tempo para o interessado se inscrever.

Durante o evento, os aspirantes a bolsas e estágios assistem a palestras enriquecidas com vídeos produzidos pelos próprios organizadores do Koshukai e que vivenciaram o estágio ou estudo no Japão. São dicas de transporte, de acomodações nas repúblicas estudantis, do cotidiano nas universidades e laboratórios, assim como as opções de passeios turísticos e locais de diversão e comércio.

koshukai 2015 - Felipe Takashi“Recebemos inscrições de interessados, não só do Estado de São Paulo, mas também de Brasília, Minas Gerais e do Amazonas. E é bom salientar que nem todos os estudantes são descendentes de japoneses; muitos são de outras etnias e origens. Eu sou neto de japoneses e vou tentar ir pela primeira vez como bolsista. Estou esperando resposta da JICA (Japan International Cooperation Agency) e caso consiga, ficarei dez meses em Osaka, para um estágio em Engenharia de Redes”, afirmou o diretor da Asebex, Felipe Takashi.


Para a vice-presidente da Asebex, Denise Nishioka, o Koshukai é uma excelente ferramenta para quem pouco domina a cultura nipônica e precisa conhecer o cotidiano do país. 
“Para quem acha que só basta estudar ou trabalhar num país estrangeiro em que não se domina a cultura, o pensamento é um pouco limitado. Muitas oportunidades podem ser perdidas se a pessoa não tem um mínimo de cultura profissional ou acadêmica. koshukai 2015 - Denise NishiokaAtualmente, as empresas japonesas vêm exigindo a fluência do japonês, mesmo que muitas aulas ou situações de negócios são tratadas em inglês. A importância da cultura não está só no meio profissional, mas também nas relações de amizade, conhecimento e atividade social. Afinal, o bolsista parte daqui com a 'missão' de informar sobre seu próprio dia a dia no Brasil, a nossa história, a nossa cultura e o nosso modo de vida, até para que haja troca de experiências e informações internacionais. Neste caso, o Koshukai auxilia os estudantes a entender a ética, a literatura, a história, o modo de pensar, a música, as relações pessoais, a burocracia e várias atividades diárias no Japão”, salientou.

Conseguir uma bolsa acadêmica ou de estágio no Japão, em certos casos, não depende apenas da formação do candidato, mas também de sua qualificação. Os conhecimentos adquiridos no Koshukai servem para alavancar a carreira do estudante ou profissional.

koshukai 2015 - Ricardo HojiNossa diretoria é composta por ex-bolsistas que vivenciaram o estudo ou estágio no Japão e temos uma relação de parceria com várias empresas e órgãos públicos do Japão, que nos procuram para conhecer a situação dos ex-bolsistas e futuros bolsistas. O Consulado Japonês tem muito interesse em conhecer e incentivar a aliança entre os dois países", informou Ricardo Takeshi Hoji, ex-presidente e membro da Asebex.

Dentre os candidatos que estão tentando uma bolsa no Japão, o Professornews conversou com dois deles, o formando em Nutrição da Universidade de São Paulo (USP), Danilo Tomoki, de 24 anos, e a profissional de Gastronomia, Maria Cristina Hirami, de 22 anos.

koshukai 2015 - Danilo Tomoki“Estou tentando uma bolsa de pós-graduação em Nutrição e quero me especializar na área esportiva. Não domino completamente a língua japonesa, mas falo inglês fluentemente. Poderia optar por um país vizinho ao Brasil, mas escolhi o Japão porque é uma nação forte nessa área, muito desenvolvido em cursos biológicos. Se conseguir, espero voltar ao Japão um dia e me estabelecer por lá, pois a qualidade de vida é muito melhor do que no Brasil. Acho que só sentirei falta da família”, afirmou Danilo Tomoki.

Já Maria Cristina tem planos bem diferentes, o Japão seria apenas a porta de entrada para o resto do mundo. “Já obtive uma resposta prévia positiva da agência onde tento a bolsa e estou esperando a resposta definitiva. Não falo fluentemente o inglês e nem o japonês; estou indo com a cara e a coragem para tentar melhorar meu currículo. Sou da quarta geração no Brasil e, em minha casa, a cultura japonesa não é muito forte, isso porque meus avós precisaram ir uma vez ao Japão e foram discriminados por não terem nascido lá. Apenas meus bisavós falavam o japonês, pois eram de lá e aqui chegaram um pouco antes da II Guerra Mundial. Quero me especializar em Wagashi, que é um doce servido na Cerimônia do Chá. Mas não pretendo ficar no Japão mais do que estipula os seis meses da bolsa. Depois de voltar ao Brasil, quero conhecer a Europa e vários Estados do Brasil, pois como sou da área de Confeitaria, quero me especializar neste campo, inclusive, do Norte e Nordeste do Brasil, que possuem uma cultura gastronômica 'escondida' do resto do Brasil”, relatou.

koshukai 2015 - PúblicoO Koshukai está sendo ministrado no Bunkyo (Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social), na Sala de Exposições, que fica na Rua São Joaquim, 381, Liberdade, São Paulo-SP.

Mais informações podem ser obtidas no site da Asebex.

Read 2504 times Last modified on Quinta, 08 Janeiro 2015 12:12

Leave a comment

Make sure you enter all the required information, indicated by an asterisk (*). HTML code is not allowed.