Sexta, 17 Mai 2013 18:11

A Paixão no Banco dos Réus

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Matar por amor ou por paixão: até que ponto justifica?

a paixo no banco dos risTrechos do livro:

“Em 14 de agosto de 1873, José Cândido de Pontes Visgueiro, Desembargador da Relação (hoje Tribunal de Segundo Grau de Jurisdição), aos 62 anos de idade, matou Maria da Conceição, conhecida por “Mariquinhas”, de 17 anos, por quem estava apaixonado, movido pelo ciúme e pela impossibilidade de obter a fidelidade da moça, que era prostituta."

“No dia 14 de agosto de 1873, Visgueiro executou o crime que já tinha preparado há algum tempo. Mariquinhas foi atraída a casa dele por volta das 14 horas e estava acompanhada de Thereza de Jesus Lacerda, com quem morava. Foram servidos doces e, em seguida, Visgueiro manifestou a vontade de conversar a sós com a moça. Pretextou ter um presente a lhe dar. Mariquinhas deve ter pressentido algo de estranho, pois puxou o vestido da amiga, demonstrando que pretendia ficar com ela. No entanto, as duas acabaram se separando e marcando um encontro para o jantar.”

“Mariquinhas era moça, quase menina, quando sua mãe incitou-a à prostituição, como forma de ganhar a vida. Os relatos processuais comprovam que Mariquinhas era muito pobre. O apelido de “Devassa” denotava preconceito profundo, ainda mais porque dado a uma menina de 15 anos, levada a fazer o que fazia pelas circunstâncias da vida.”

Lançado pela editora Saraiva – LuizaNagib Eluf, 6ª edição, 2013, 264 p., R$ 64,00 – o livro tem uma narrativa envolvente e traz 14 casos de crimes de morte cometidos por homens e dois homicídios praticados por mulheres, todos sob a justificativa da paixão. Em ordem cronológica, são relatados casos de grande repercussão no País, entre eles o assassinato do pintor Almeida Júnior, o do escritor Euclides da Cunha, o da socialite Ângela Diniz, o da cantora Eliane de Grammont, o da atriz Daniella Perez, o da jornalista Sandra Gomide, vítima de Antônio Marcos Pimenta Neves, o de Eloá Cristina Pimentel, pelo jovem Lindemberg Alves e a morte de Mércia Nakashima. 

Sobre a autora:

Luiza Nagib Eluf é Procuradora de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo.

Read 3667 times Last modified on Domingo, 16 Junho 2013 21:04

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