Sexta, 04 Abril 2014 00:00

Professor tem sua aula invadida por defender o Golpe de 1964

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Estudantes entraram em sala encapuzados e gritando palavras de ordem

120px-Flickr - Ministrio da Cultura - Ministro Juca Ferreira inaugura na UnB espao que homenageado batizou Beijdromo 4Na terça-feira (1º de abril), o professor da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco da Universidade de São Paulo (USP), Eduardo Lobo Botelho Gualazzi, teve sua aula interrompida por um grupo de estudantes que resolveram protestar invadindo a sala de aula. O motivo: o professor lia uma carta de sua autoria em homenagem ao Golpe Militar de 1964, ocasião em que o ato político completou 50 anos.

“A história informa que as tiranias vermelhas terminaram afogadas em um holocausto de sangue humano e corrupção total, material e espiritual. Em 1964, o socialismo comunismo esquerdista-totalitário almejava apoderar-se totalmente do Brasil”, diz parte do texto lido pelo professor e que pode ser acessado no YouTube, através de gravações de celulares dos estudantes.

Enquanto lia a carta, Eduardo Gualazzi teve sua aula invadida por estudantes encapuzados, gritando palavras de ordem de trecho da música Opinião, do sambista Zé Keti, que diz: “Podem me prender, podem me bater, podem, até deixar-me sem comer, que eu não mudo de opinião...”.

O professor tentou retirar os capuzes de alguns dos manifestantes, mas não obteve êxito. Como não conseguiu mais dar aula, decidiu abandonar a classe.

Em entrevista ao site R7 Notícias, o diretor da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, José Rogério Cruz Tucci, comentou.

“A universidade organizou uma série de eventos para lembrar a importância da liberdade e mostrar que é contrária a ideias da ditadura e de qualquer outro movimento que prega a opressão. Foi um incidente lamentável. Na minha opinião, faltou prudência tanto da parte do professor quanto dos alunos”, disse.

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