Schimitt, que foi um grande atleta de esgrima de seu país, conquistando duas medalhas de ouro, nas Olimpíadas de 1968 (México) e 1972 (Munique), causou um escândalo em todo Leste Europeu na última segunda-feira (2). Segundo a revista HVG, a tese do presidente, aprovada em 1992 pela Universidade de Medicina Semmelweis de Budapeste, continha cópias de várias fontes, sem, no entanto, fazer menções dos autores.
Schimitt, de 69 anos, estava à frente da Hungria há pouco mais de um ano e sete meses. “Nessa situação em que um problema pessoal divide minha querida nação ao invés de uni-la, sinto-me obrigado a encerrar meus serviços e renunciar à presidência”, disse, em discurso de renúncia, aplaudido pela oposição. Após a verificação do projeto de conclusão pela universidade, o conselho resolveu cassar a titulação de Pal Schimmitt.
Mesmo com o cancelamento de validade do projeto Análise do Programa dos Jogos Olímpicos Modernos, Pal Schimitt divulgou que vai levar o caso aos tribunais, para recorrer da cassação de seu título.
Empossado através do partido conservador Fidesz, Schimmitt causou indignação da União Europeia e dos Estados Unidos, quando conseguiu aprovar algumas leis polêmicas, como normas de coibição da liberdade de imprensa e a separação de poderes. Agora, de acordo com as leis do país, o Parlamento húngaro tem um mês para escolher um novo presidente.
Fonte: Último Segundo