Segunda, 28 Novembro 2011 01:00

Aluno da UnB se recusa a participar de trote e é agredido

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Diretoria da universidade prometeu apurar o caso

O estudante Rogério Duarte Guimarães Filho, de 30 anos, do curso de Geofísica, da Universidade de Brasília (UnB) foi agredido na tarde da última terça-feira (22) por recusar-se a participar de um trote, promovido por alunos veteranos, tendo sofrido uma cabeçada no rosto.

A vítima contou aos jornalistas da UnB Agência que assistia a aula de Princípios da Geofísica, quando um grupo de 10 a 15 alunos entrou em sua sala com intenções de aplicar um trote. Nisso, Rogério decidiu deixar o recinto, mas foi barrado, sendo hostilizado e agredido pelo grupo. “Quando ia sair da sala fui impedido. Eles me ameaçaram, trocamos agressões verbais e um deles me deu uma cabeçada”. Rogério acrescentou que havia duas meninas no grupo que o hostilizou. “Me senti humilhado”, completou.

Nas outras disciplinas em que havia assistido, Ciências Sociais e Matemática, o aluno confirmou que houve trotes sem más intenções. “Não sou obrigado a participar disso. Tenho 50 kg e não vou brigar com quem é muito maior que eu”, argumentou. Rogério queixou-se da omissão da UnB em casos parecidos e requisitou a abertura de um processo disciplinar e maior segurança no espaço da universidade.

Após a agressão, o estudante procurou o Instituto Médico Legal da 2ª DP para obter o laudo da agressão, mas como o órgão está em greve, voltou à UnB e foi ao Hospital Universitário de Brasília (HUB). Mas, com previsão de ser atendido apenas à noite, Rogério decidiu procurar um hospital particular para conseguir o documento. “Ele está coberto de razão. Mas ele deve formalizar a denúncia e prestar seu depoimento para que possamos investigar”, afirmou David Diniz, chefe de gabinete da reitoria.

O professor Detlef Walde, diretor do Instituto de Geociências, convocou na última quinta-feira (24), uma reunião com a participação de seu vice, do professor que ministrou a aula, da decana de Assuntos Comunitários, Carolina Cássia, e do assessor de Juventude, Rafael Morais.

“Ele agiu corretamente. Procurou a coordenação do curso e a reitoria. Vamos abrir um processo disciplinar. A partir daí, será criada uma comissão para apurar os fatos”, informou Carolina Cássia.

Fonte: UOL

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