Na última terça-feira (23), o Ministério da Saúde enviou uma proposta ao Ministério da Educação (MEC) sobre a possibilidade de os estudantes de Medicina serem submetidos a um exame a cada dois anos, para medir a qualidade da instituição educacional. Intitulado de Exame de Progresso, a prova seria aplicada ao fim do 2º, 4º e 6º anos da graduação.“Não podemos abrir mão da qualidade da formação médica”, argumentou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Mozart Sales, secretário de gestão do trabalho e da educação da pasta, também apoiou a iniciativa.
“Hoje o estudante de Medicina faz o chamado Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) no início do curso e no final, e passa todos os seis anos sem avaliação. Nós entendemos que uma avaliação mais de perto, seguida e mais continuada proporciona um olhar diferenciado sobre aquela formação que o estudante está sendo alvo, como também sobre o aparelho formador”, disse.
Ainda de acordo com Sales, o resultado do exame poderá acarretar tanto na redução de vagas no vestibular de Medicina de uma determinada instituição, como na paralisação da oferta por um período. O secretário também acrescentou que ainda não há um prazo para a aplicação dos testes a cada dois anos, mas informou que MEC está “bem receptivo” à ideia.
Fonte: Flávia Foreque (Folha de S. Paulo)
