Quatro dias depois de declarar o fim da greve, a Universidade de Brasília (UnB) ainda está num impasse sobre o movimento. Na última terça-feira, professores que não concordam em voltar ao trabalho ocuparam, em protesto, a Casa do Professor, sede da Associação dos Docentes (ADUnB).Os professores declararam que só deixarão a sede, se a ADUnB convocar uma nova assembleia para discutir o assunto. Cerca de 250 docentes formalizaram um pedido de nova reunião. Entre as assinaturas está a do reitor José Geraldo de Souza Jr., mas a associação respondeu que só poderá marcar a assembleia para a próxima sexta-feira (24), como prevê seu regimento interno.
Na eleição pelo destino da greve, realizada no dia 17 de agosto, 130 votaram pelo encerramento, 115 foram contra e 3 se abstiveram. No dia anterior, os professores haviam sido dispensados de uma reunião para que pudessem participar de um protesto na Esplanada dos Ministérios.
No entanto, na sexta-feira, houve uma assembleia para discutir os seguintes assuntos: informes, adiamento da consulta (eleição) para reitor e encaminhamentos. Segundo Therèse Hofman, primeira vice-presidente da ADUnB, um professor sugeriu pelo voto do fim ou não da greve e foi atendido. “Não houve ilegalidade nisso, pois faz parte dos nossos procedimentos de rotina nas assembleias”, disse. Os favoráveis à greve provocaram um tumulto e ofenderam seus colegas que optaram pelo fim da paralisação. Já os técnicos administrativos voltaram às atividades, depois de 72 dias parados, segundo reportagem do portal Universo on Line (UOL).
Fonte: Jorge Wamburg (UOL)
