De acordo com o governo, o motivo é a “falta de agenda” para iniciar as negociações, pois está negociando com mais de 30 sindicatos e não pode atender à classe docente antes do final de julho. A última reunião entre os sindicatos e o Ministério do Planejamento ocorreu em 12 de junho, e havia sido acertado um novo encontro no dia 19 do mesmo mês, que foi adiado com data ainda em aberto.
“Nos sentimos afrontados com o fato de o governo não marcar uma nova reunião e não apresentar propostas”, disse o presidente da Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes-Federação).
O imbróglio entre os lados permanece por conta das competências dos ministérios. Enquanto a reivindicação dos docentes, quanto ao plano de carreira, é tratada pelo Ministério do Planejamento, outros fatores, como condições de trabalho dos professores e verbas para universidades, são tratados pelo Ministério da Educação (MEC).
“O MEC não pode ficar alheio. O governo, no seu arranjo interno, estipula que todos os processos que envolvem pessoal e orçamento devem ser tratados no Ministério do Planejamento, mas temos muitos pontos na pauta que é o MEC que tem que resolver”, afirmou Luiz Henrique Schuch, vice-presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN).
Fonte: Suellen Smosinski (UOL)