“Estamos discutindo Hegel (filósofo alemão) e a molecada tá no recreio, fazendo correria do lado da sala. A aula fica insuportável”, esse é o depoimento do estudante Michael de Santana, 27 anos, ao jornal Folha de S. Paulo.A Folha apurou que as más condições do edifício da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), campus Guarulhos, obrigaram a diretoria a transferir as aulas para o Centro de Ensino Unificado (CEU), no bairro de Pimentas, vizinho à instituição, onde 3.070 universitários dividem espaço com 700 crianças, nos períodos da tarde e noite.
No edifício da Unifesp, as salas de aulas são abafadas, o galpão de madeira serve como refeitório improvisado, além de 30 mil livros estarem dentro de caixas por falta de armários. Em 2007, era esperada a construção de um novo prédio, mas o projeto nunca foi iniciado.
Além desses problemas, os alunos reclamam da falta de infraestrutura do refeitório, filas de 40 minutos para tirar uma fotocópia e falta de uso de vídeo em aulas, por não possuírem salas climatizadas. De acordo com Marcos Cezar de Freitas, diretor acadêmico da Unifesp Guarulhos, a devolução de uso das salas do CEU acontecerá quando for construído o novo prédio.
Fonte: Vanessa Correa (Folha.com)
