Terça, 13 Março 2012 00:00

Professores de universidades estaduais suspendem aulas no Paraná

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Docentes têm salários menores do que os dos técnico-administrativos das universidades

120px-Sala de aula CB UnicampNa última quarta-feira (7), professores de seis das sete universidades estaduais do Paraná fizeram uma paralização por reajuste salarial. De acordo com o sindicato da categoria, cerca de 90% dos profissionais pausaram o giz e congelaram as aulas.

Manifestantes da Universidade Estadual de Londrina (UEL), a maior de todas, informaram que apenas um, dos quase 1.600 docentes trabalhou no horário diurno. Por isso, quase todos os 17 mil estudantes ficaram sem aulas. Outras cinco universidades aderiram ao movimento: Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp).

A principal exigência dos professores é um reajuste de 31% nos vencimentos, para cobrir a defasagem que faz com que seus salários sejam inferiores aos do pessoal técnico-administrativos de nível superior. “Hoje, um advogado do quadro da universidade ganha 31% mais que um professor do curso de Direito”, acusou Silvia Alatanian, professora-doutora do Departamento de Serviço Social e secretária do Sindiprol/Aduel, sindicato dos professores da UEL e da Uenp.

De acordo com as lideranças sindicais, houve um acordo com o governo em 11 de novembro do ano passado, de que os 31% seriam repostos em três reajustes anuais. “Mas, no dia 3 de fevereiro, nos chamou para dizer que não daria mais nada. Nunca houve algo assim. O protesto de hoje representa nossa indignação”, acrescentou Silvia Alatanian.

Mas o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal, contesta a informação. “Não é bem assim. Em novembro, apresentamos uma proposta que, se aceita pelos professores, iríamos encaminhar à área financeira do governo, para que se avaliasse a viabilidade. (Em fevereiro) Chegamos à conclusão de que, neste momento, o estado não suporta a proposta”, disse.

Em reunião, os líderes sindicais e o secretário decretaram que o governo terá até o dia 20 deste mês para apresentar uma sugestão de reposição. “Estamos estudando de que forma avançar e corrigir as distorções salariais. Em princípio, a proposta (de repor os 31%) está totalmente mantida. Vamos ver de que forma viabilizar isso financeiramente”, explicou Leão.

A medida foi aceita pelos sindicatos e adiantaram que vão esperar. “Até dia 20, aguardamos, pois já havíamos aceitado a proposta do governo. A depender da resposta, vamos tomar posição”, sentenciou o presidente do Sindiprol/Aduel, Nilson Magagnin, indagado sobre uma possível greve.

Fonte: UOL

Read 2115 times Last modified on Sexta, 09 Março 2012 19:08

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