Quinta, 05 Janeiro 2012 01:00

Mais atenção aos notívagos

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Especialistas traçam perfil dos estudantes que precisam estudar à noite

120px-Angelo Antonio Leithold py5aal Lua crescenteDevido à expansão das escolas superiores no Brasil desde a metade da década de 1990 tem crescido o número de estudantes, principalmente no turno da noite. Segundo pesquisa do Observatório Universitário, órgão que analisa a classe universitária do país, a média de estudantes no período noturno é de 70%.

Ainda de acordo com a análise, em 1999, 55,7% dos estudantes eram do período da noite. Já em 2007, esse número subiu para 61,7%. O período diurno apresentava 821.961 vagas abertas, enquanto o da noite registrava mais que o dobro, com 1.688.475. Muitos desses alunos são das classes C e D, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esses estudantes, em sua maioria, têm o seguinte perfil: são os primeiros em suas famílias a cursarem uma escola superior, trabalham fora e, em muitos casos, já constituíram família. Residência longe da escola e aumento do número de conduções no dia a dia fazem o orçamento desses alunos aumentar, resultando em evasão estudantil. “Normalmente não há uma gestão específica para esses segmentos, o que é uma falha. Isso pode desmotivar o aluno e afastá-lo da escola”, disse Humberto Felipe da Silva, consultor educacional da TP&S Consultoria.

Sobre esses aspectos, é necessário que as instituições de ensino superior conheçam seus estudantes, criem ambientes que propiciem o convívio noturno na escola, além de criar um espaço de comunicação de fácil acesso. Outro segmento importante para tentar garantir que o estudante permaneça no curso até o fim é apostar numa classe docente motivadora, inovadora, dinâmica e sabedora das necessidades de seus alunos.

“O professor deve respeitar e considerar a experiência de vida e de trabalho do estudante, propiciando-lhe articular sua experiência com novos saberes, no sentido de não só receber, mas também construir conhecimento”, apontou a professora Lourdes de Fátima Possani, doutora em Educação pela PUC São Paulo e organizadora do livro Reforma Universitária: sinais do Sinaes.

Fonte: Gérson Trajano (Ensino Superior)

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