Terça, 20 Dezembro 2011 01:00

Professor da USP decide reprovar todos os alunos por causa de paralisação

By
Rate this item
(0 votes)

Estudantes não obtiveram o mínimo de frequência e tentam revogar a decisão

assembleia fflchDevido à paralisação estudantil em novembro deste ano na Universidade de São Paulo (USP), o professor Carlos Alberto Ribeiro de Moura reprovou 60 alunos do curso de Filosofia, por falta de frequência mínima na disciplina de História da Filosofia Contemporânea II.

 

 

No início de novembro, estudantes da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas invadiram o prédio da reitoria da USP, em protesto contra a ação da Polícia Militar detendo três estudantes que teriam sido flagrados consumindo maconha no campus. O imbróglio durou um mês. Para um aluno ter aprovação no curso, além da média em notas, na USP, é necessário ter 70% de frequência nas aulas.

“As aulas foram interrompidas antes de completar o mínimo exigido e os alunos foram avisados sobre isso. Não posso fazer nada. Não vou emitir um documento público falso. Não sou eu quem aprova ou reprova por falta. As pessoas têm presença ou não têm”, argumentou o professor.

Na página eletrônica do Departamento de Filosofia encontra-se uma nota de esclarecimento do docente. “Segundo a legislação em vigor, o cálculo de frequência em disciplinas deve levar em conta a totalidade do semestre letivo. Assim, aulas não ministradas em função de piquetes, ‘cadeiraços’, etc. são computadas como dadas e não frequentadas”, diz o texto.

Segundo a direção da USP, a reposição das aulas só aconteceria se a paralização tivesse sido promovida pelos professores, mas como foi uma ação estudantil, o professor Carlos Alberto Moura agiu segundo as regras da instituição. Numa página do Facebook aberta pelos estudantes de Filosofia, os alunos discutem formas de revogar a determinação.

Fonte: Estadão.com.br

Read 2164 times Last modified on Quarta, 21 Dezembro 2011 20:14

Leave a comment

Make sure you enter all the required information, indicated by an asterisk (*). HTML code is not allowed.