Quais seriam os motivos para estabelecer esse requisito para os candidatos à docência? Colocam-se, como hipóteses, que o profissional experiente na área em que vai lecionar:
(1) seria, automaticamente, um docente qualificado para sua profissão;
(2) possuiria vivência na aplicação do receituário administrativo, já sabendo o que dá certo e o que não dá em termos de práticas de gestão;
(3) seria detentor de um conjunto de competências adquiridas por meio da prática profissional, competências que poderiam ser transmitidas aos alunos.
O artigo "A experiência profissional como requisito para o professor de Administração", de autoria do Professor Flavio Farah (*), mostra que essas hipóteses não se sustentam, por seguintes motivos:
(1) O profissional com experiência não será necessariamente um bom docente, pois as competências necessárias a quem exerce uma profissão são totalmente diferentes daquelas necessárias aos que lecionam essa disciplina;
(2) o fato de um profissional possuir um receituário de práticas bem sucedidas aplicadas em uma empresa não garante o sucesso ao aplicar essas mesmas praticas em outra empresa;
(3) o fato de um profissional possuir as competências não significa que ele, como docente, possa “transmiti-las” aos alunos, pois para que os estudantes adquiram determinada competência, o docente deve ser capaz de oferecer-lhes um conjunto de atividades didáticas adequadas. O fato de o docente possuir certa competência profissional não significa que ele conheça o ferramental didático relativo ao ensino dessa competência.
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Palavras-chave: ensino superior, experiência profissional, professor de Administração, ensino de Administração
(*) Flavio Farah é Mestre em Administração de Empresas, Professor Universitário e autor do livro “Ética na gestão de pessoas”. Contato: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.