A greve de professores e funcionários técnicos da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (Uern) ultrapassou os 100 dias de paralização nesta sexta-feira (9), ainda sem prognóstico para novas negociações ou acordos entre os servidores e o governo. Com isso, cerca de 13 mil estudantes estão sem aulas há três meses, com o semestre praticamente perdido. O edital para os vestibulares 2012 ainda está sem data prevista. Os docentes e técnicos chegaram a aceitar uma oferta do governo de reajustar os vencimentos em três anos, de 10,65% em 2012 e duas parcelas de 7,65% em 2013 e 2014. Mas, apesar da medida ainda estar em vigor, os grevistas exigiram reajuste nesses percentuais de acordo com a inflação do período, mas o governo negou-se a ceder. De acordo com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN), a greve causou um prejuízo de R$ 500 mil às contas do Estado. No último dia 30, o governo entrou na Justiça para tornar a greve ilegal. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte solicitou esclarecimentos de ambas as partes e deverá se pronunciar nos próximos dias.