Em entrevista ao site Maxpress, Marcelo Maron, consultor de finanças pessoais e diretor do Grupo Par, considera que utilizar o 13º salário para quitar dívidas pode trazer prejuízos ao consumidor.“Cada caso é um caso. Muitos consultores indicam o uso do 13º para a quitação de dívidas, mas essa generalização pode prejudicar os consumidores. Dependendo do estado das dívidas com cartão de crédito, a melhor alternativa pode ser, justamente, o oposto do que dizem esses especialistas”, avalia Maron.
Neste mês, cerca de R$ 143 bilhões devem entrar na economia nacional por conta do 13º salário, o que representa 3% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).
Nisso, algo em torno de 82,3 milhões de trabalhadores com um rendimento adicional médio de R$ 1.663,87 serão beneficiados e, justamente por isso, o brasileiro opta por pagar as dívidas de cartão de crédito ou por ter o nome negativado em empresas de proteção ao crédito.
Para aqueles que tiveram suas dívidas aumentadas por valores absurdos de cobranças de juros sobre juros, Marcelo Maron aconselha: “Como os juros cobrados pelas administradoras de cartões são flagrantemente abusivos, as pessoas têm que endurecer a negociação. Não estou incentivando as pessoas a não pagarem suas dívidas, mas é fato que o endividamento no cartão de crédito, turbinado por taxas de juros extorsivas, não deve ser aceito sem questionamentos”.
Fonte: Roberta Freitas (Maxpress)
