Devido à crise econômica que se alastrou na América do Norte e na Europa, os países emergentes cresceram e apareceram no cenário dos negócios internacionais, passando a serem procurados por investidores, e não o contrário, como sempre foi de praxe. No entanto, quando comparamos o padrão de vida dos cidadãos norte-americanos e europeus com o dos brasileiros, o quadro é bem diferente. Nesse ranking, o Brasil aparece em modesto 84º lugar. Segundo o ministro da fazenda, Guido Mantega, o Brasil poderá alcançar os patamares do padrão de vida do Velho Continente num prazo de “dez a vinte anos”.
Mas não é o que diz Pedro Cavalcanti Ferreira, economista e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), pois o Brasil precisaria de 60 anos para alcançar o Produto Interno Bruto (PIB) per capita da Itália, levando em consideração que a economia brasileira crescesse 2% a mais que a italiana. “O Brasil está ao menos trinta anos atrasado em relação aos países tidos como referência no que diz respeito a educação, renda e escolaridade”, afirmou o economista, especialista em análise de indicadores sociais.
No campo das ciências, porém, o Brasil vem se mostrando um atrativo para estudantes de intercâmbio, como mostrou a matéria exclusiva do Professornews: Estudantes estrangeiros falam porque escolheram o Brasil para intercâmbio. Proeminentes profissionais brasileiros com carreiras consolidadas nos EUA e Europa também preferem voltar para casa, devido a propostas melhores (leia mais em Brasileiros com MBA nos EUA preferem voltar ao país).
Apesar de ainda faltar muito para o Brasil apresentar a qualidade de vida equivalente à dos países mais desenvolvidos, no ranking de publicação de artigos científicos ocupa a 13ª posição, à frente de muitos países do primeiro mundo.
Fonte: Revista Veja (04 de janeiro de 2012)