USP estuda enriquecimento antioxidante

Resultados demonstraram fortalecimento no sangue humano.

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) realizaram um experimento de enriquecimento antioxidante. O projeto, coordenado pelo professor Marcus Antonio Zanetti, da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA), da USP em Pirassununga-SP, consistiu em misturar óleo de girassol com selênio orgânico e vitamina E em ração de vacas e os resultados foram considerados positivos.

Além de perceberem benefícios na saúde dos animais e na produção leiteira, também houve um fortalecimento no sangue de crianças que consumiram esse leite.

“Muitos estudos têm sido feitos sobre as possibilidades de alterações na alimentação de animais com a finalidade de melhorar, em tese, a qualidade de produtos para consumo humano. Mas o nosso trabalho deu um passo adiante, ao comparar o efeito do produto enriquecido ao do leite comum, e avaliar se ele realmente é melhor para a saúde humana”, apontou Zanetti.

O leite foi testado em 100 crianças de primeira a quarta série da Escola Professora Stela Stefanini Bacci, Casa Branca-SP, onde foram previamente examinados e identificados como saudáveis nos testes clínico e laboratorial.

“As crianças que ingeriram leite de vacas suplementadas apenas com selênio e vitamina E tiveram um aumento de selênio no sangue de 160% em relação ao grupo de controle. Nas crianças que ingeriram leite de vacas suplementadas com óleo de girassol, o selênio variou muito pouco, aumentando em 4%. Mas naquelas que ingeriram leite desnatado, o selênio diminuiu em 20%”, explicou.

Para Marcus Zanetti seria preferível que o país contasse com leite enriquecido no mercado. “Infelizmente não temos leite enriquecido no Brasil. Seria benéfico que ele fosse produzido e colocado no mercado – especialmente porque sabemos que o selênio é escasso na dieta da nossa população. Além disso, o processo de enriquecimento não é caro”, afirmou.

Fonte: Fábio de Castro (Agência Fapesp)

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