Faculdade Santa Casa alerta: cerca de 20% da população brasileira é dependente do tabaco e 10% do álcool

no caso das drogas ilícitas, o percentual gira em torno de 3% a 10% de usuários

A orientação dentro das famílias e nas escolas é a melhor alternativa para conscientizar e prevenir contra o uso de drogas, e deve iniciar cedo, na infância. não fume2029

“É importante conversar com as crianças e os jovens, respeitando a linguagem e a idade de compreensão. Além dos diálogos, é preciso mostrar exemplo. Não adianta falar que é prejudicial o uso de drogas ilícitas e incentivar o consumo de tabaco e álcool, por exemplo, considerados como drogas legais. Atualmente eles apresentam maiores índices de uso, com cerca de 20% e 10%, respectivamente”, afirma a Dra. Lilian Ratto, coordenadora da disciplina de psicopatologia e psicologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

Já no caso das drogas ilícitas, o percentual médio fica entre 3% a 10%, e varia de acordo com o perfil da população estudada. Por exemplo, entre os moradores de rua o percentual é um e entre estudantes do nível médio é outro.

“Essa estimativa revela que o nosso país tem um índice menor comparado com outros países, mas, mesmo assim, é importante lembrar os problemas ccausados pelo uso das drogas”, afirma a especialista. Após o tabaco e álcool, as drogas mais consumidas no Brasil é a maconha, seguida pela cocaína e crack.

“Outro problema sério está relacionado ao uso indevido de anfetaminas, muitas vezes ocasionados pela má prescrição médica. Por isso, dentro da Faculdade Santa Casa, focamos na formação do aluno e na conscientização da necessidade de prescrever corretamente”, alerta a Dra. Lilian Ratto.

O uso de anfetamina de forma excessiva pode causar dependência química e transtornos mentais, como depressão e ansiedade. Esses sintomas podem aparecer para os usuários de drogas, que também podem apresentar quadros com maior risco de suicídio e homicídio, episódios de agressividade, transtornos psicóticos, além das consequências clínicas, que vão desde problemas hepáticos e pulmonares, até quadros neurológicos, como a demência.

“Mas o problema não fica só com o indivíduo. Traz resultados graves para a família, para o trabalho, e nos relacionamentos sociais em geral, inclusive afetando a posição desse indivíduo na sociedade”, enfatiza a psicóloga.

Como forma de tratamento, os medicamentos para dependências químicas são relativamente limitados em algumas drogas. “É mais ampla a eficácia com o tabaco e álcool. Já no caso de algumas drogas como maconha e cocaína, as pesquisas ainda não são conclusivas”, declara a Dra. Ratto, acrescentando: “além dos medicamentos, também é fundamental o tratamento psicossocial, em qualquer nível de gravidade”.

Para a reabilitação, é importante o atendimento psicológico. Existem várias terapias diferentes. A indicação de tratamento para o paciente vai de acordo com a avaliação individual. “Vale ressaltar que a terapia ocupacional é fundamental para o treinamento de habilidade e o suporte da assistência social. Também tem que alinhar as possibilidades de tratamento dentro da enfermagem, tanto para quem precisa de uma internação integral, como para aqueles que fazem um tratamento ambulatorial intensivo”, finaliza a Dra. Lilian Ratto.

É realizada a pesquisa Conhecendo Você, uma avaliação psicossocial, com a finalidade de avaliar pacientes envolvidos no uso de cocaína e crack. O estudo é realizado com pacientes que procuram ajuda na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, no CAPS, CAPS de Franco da Rocha, no Pronto Socorro Central e Centro de Saúde Escola Barra Funda. Além disso, também é feita a avaliação no Hospital da Penitenciária.

 

Fonte: Fran Press Assessoria de Imprensa

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