7 de maio é o Dia Nacional de Prevenção da Alergia
Texto: Fran Press Assessoria de Imprensa
Resultado da sensibilidade do organismo a um agente causador, as alergias acometem cerca de 30% dos brasileiros, sendo 20% crianças, de acordo com dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI).
Segundo a Dra. Wilma Carvalho Neves Forte, professora titular de Imunologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e coordenadora do Departamento de Imunopatologia da ASBAI-SP, as alergias mais frequentes dos brasileiros são as respiratórias, como a rino conjuntivite e a asma, causadas principalmente pelos ácaros do pó doméstico.
“O ácaro da poeira doméstica contribui diretamente para essas alergias. Um agravante é o tabagismo, tanto ativo quanto passivo. A poluição também pode ser um agravante e, por isso, às vezes a pessoa sai de zona rural e quando chega à área urbana com poluição, piora da alergia.”, diz a professora.
Dentre os principais sintomas das alergias respiratórias estão espirros seguidos, coriza, obstrução nasal, olhos avermelhados, tosse e chiado no peito. O diagnóstico é importante, pois melhora em muito a qualidade de vida da pessoa. Geralmente são necessárias modificações no ambiente familiar, visando a retirada do pó doméstico.
É preciso ainda um tratamento medicamentoso, com orientação médica. “Os pelos de animais, como os de cães e gatos, podem albergar ácaros, nesses casos, a higiene dos animais domésticos, como banhos semanais, pode ser suficiente. Somente quando o próprio pelo do animal é a causa da alergia, é necessário retirá-lo de casa, mas isso é menos frequente”, fala a especialista.
Sobre as alergias alimentares, a Dra. Wilma diz que, após comer o alimento causador da alergia, o indivíduo pode apresentar sintomas diferentes como diarreia, vômitos, urticária e outras lesões de pele, chiado no peito e até sintomas bem mais graves. “É importante determinar qual o alimento causador da alergia para evitá-lo nas próximas vezes”, comenta.
A professora explica que as alergias podem ser controladas. Para isso, o paciente deve ter orientação médica sobre o que fazer no ambiente doméstico, na vida cotidiana e usar os medicamentos da forma correta, sendo algumas vezes necessária a imunoterapia, tratamento que torna a pessoa tolerante ao agente causador.
Foto: Márcio Sayeg