Greve paralisa 50% das técnicas federais

A greve de professores e funcionários dos institutos federais e dos Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets) já dura um mês. Nesse período, mais da metade dos campi está sem aulas. Segundo o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), dos 403 campi do país, 220 estão com as atividades paralizadas, total ou parcialmente. Aumento salarial, melhoria na infraestrutura das unidades de ensino e a posição contrária dos servidores à expansão da rede federal de ensino são algumas das reivindicações dos grevistas. Os professores acataram o reajuste de 4%, mas alegam que a decisão não restaura as perdas salariais dos últimos anos e pedem a volta das negociações. O Ministério da Educação (MEC) prevê a construção de 88 campi até o final de 2012 e mais 120 até 2014. Isso, aliado às 354 já abertas, totaliza 562 unidades, com mais de 600 mil estudantes. Esses institutos têm como função oferecer ensino médio, juntamente com formação técnica e, posteriormente, cursos superiores. Hoje, atendem 420 mil alunos. Entretanto, os sindicatos não fazem oposição à expansão, mas apelam por uma infraestrutura melhor e mais funcionários. "A expansão é promissora e valorizou o ensino, mas falta assistência", afirmou Rosane de Sá, coordenadora do Sindicato dos Servidores de Goiás.

Fonte: Mariana Mandelli e Ocimara Balmant (O Estado de São Paulo)

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