Na última sexta-feira de agosto (26), a Universidade Mackenzie foi palco de um incidente. O professor de Direito, Paulo Marco Ferreira Lima, que também é procurador de Justiça, ameaçou dar voz de prisão a uma de suas alunas do 5° ano. O motivo foi que a estudante teria questionado o método de ensino do docente. Segundo o diretor do Centro Acadêmico, João Mendes Jr., a aluna, que pediu para não ser identificada, discutiu com o professor no corredor da universidade. “Ela passou de todos os limites. Ela me ofendeu muito mais do que poderia. Nunca houve voz de prisão, só houve a intenção de fazê-la parar com as agressões”, relatou o professor. De acordo com a estudante, Lima desfez-se do papel de professor para dar lugar ao de promotor. Segundo a aluna, o professor teria dito: “nesse momento eu me dirijo a você não como professor, mas como procurador de Justiça. Se você não parar de se dirigir a mim ou ao segurança, vou te dar voz de prisão”. A situação só foi contornada quando a aluna foi encaminhada à direção da universidade. O irmão do professor, Marco Antônio Ferreira Lima, que também é procurador e docente da Mackenzie, acusou a estudante de racismo em seu Facebook. Segundo ele, o irmão fora chamado de “negro sujo”, e que teria afirmado: “preto não pode dar aula no Mackenzie”. No entanto, a estudante, que é bolsista do ProUni, negou a informação. “Eu nunca faria uma coisa que pudesse me fazer perder a bolsa”, afirmou. Paulo Lima não quis comentar sobre o caso. Posteriormente, seu irmão apagou as mensagens do Facebook. A universidade informou que está apurando o incidente.
Fonte: Patrícia Gomes (Folha.com)