Quanto menor a renda, mais dificuldade financeira tem
Segundo um estudo inédito divulgado pela Serasa Experian, empresa de gerenciamento de risco de crédito, uma em cada quatro pessoas está inadimplente na cidade de São Paulo.
Cada CPF paulistano negativado tem, em média, 3,2 dívidas em atraso, e deve em média R$ 5.310,00. Para este estudo, foram avaliadas as dívidas atrasadas há mais de 90 dias e com valores acima de R$ 200,00 de quase 11 milhões de pessoas.
Ainda segundo o estudo, foram correlacionados os inadimplentes e a região em que moram, o que permite inferir que quanto menor a renda, mais dificuldade financeira enfrenta nesta época de crise, por falta de poupança. A região que lidera com o número de inadimplentes em relação ao total de moradores é a Zona Leste, com 26,9% dos moradores negativados, que devem, em média R$ 5.053. E cada inadimplente tem, em média, 3,3 dívidas atrasadas.
Em seguida, vem a Zona Norte, com 26,1% de inadimplentes, com média de 3,3 dívidas atrasadas no valor de R$ 5.296, seguida de Zona Oeste, com 23,4% de inadimplentes e 3,2 dívidas no valor médio de R$ 5.227.
Os últimos colocados (nesse caso, é melhor ser último) são representados pela Zona Sul e Centro. 23,1% dos moradores da Zona Sul devem, em média, R$ 5.305 com 3,2 dívidas em atraso, enquanto 15,8% dos residentes do Centro devem R$ 7.560, com 4 dívidas em atraso por CPF, em média, o que significa que são os mais endividados individualmente.
Veja algumas dicas que a Serasa dá para os inadimplentes regularizarem sua situação:
1. Coloque as contas na ponta do lápis
Avalie cuidadosamente as contas, colocando tudo no papel ou na tela do computador: qual a sua renda mensal e quanto já está comprometida com despesas que não podem ser cortadas ou reduzidas? O objetivo desse processo é descobrir o valor disponível mensalmente para ser utilizado no pagamento de dívidas. A Serasa disponibiliza uma planilha de orçamento doméstico no link: www.serasaconsumidor.com.br/planilhafinanceira.
2. Eleja as prioridades
O total das prestações não deve ultrapassar o valor de sua renda. Caso exista mais de uma pendência, tente negociar de forma que todas as prestações juntas caibam nesse orçamento. Estabeleça prioridades usando como critério as dívidas com juros mais elevados, como, por exemplo, cartão de crédito e cheque especial.
3. Renegocie a dívida e respeite os novos prazos
Tente renegociar a dívida em condições adequadas para o seu bolso.
“Muitos clientes esquecem que, ao assinar uma renegociação, estão assumindo um novo débito que terá prazos a ser cumprido. O não pagamento gerará mais transtornos, além de uma nova restrição”, diz o superintendente do Serasa Consumidor, Júlio Leandro.
4. Não tenha vergonha de pedir ajuda a alguém confiável
O processo de acertar as contas e pagar dívidas exige cuidado. Avalie quanto você pode pagar em cada pendência. Peça ajuda a parentes ou amigos de sua confiança. A presença de outra pessoa nesse momento ajuda a dar segurança na hora de avaliar, de forma mais racional, ajudando a definir quanto pagar, se a proposta do credor é boa e se é possível honrar o pagamento.
5. Corte gastos supérfluos
Para quem perdeu o controle dos gastos e passou a colecionar dívidas, uma maneira eficiente de resolver a situação, segundo os especialistas da Serasa, é fazer dinheiro. Dependendo do tamanho da conta, vender bens – como carro e imóvel – é uma saída viável. Porém, quando não há essa possibilidade, o recomendado é fazer cortes radicais na lista de consumo, separando o que é possível reduzir no gasto mensal.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Serasa Experian