Canto da Chuva (xi): músico esquece tristeza ao se lembrar dos ensinamentos do professor

Por favor, entre, puxe um banquinho e relaxe um pouco com um bom bate-papo

A edição do Canto da Chuva desta semana traz a estória de um maestro que tenta esquecer a tristeza da perda da mãe, através dos ensinamentos do antigo professor; uma comédia dramática que mostra que até um grande sacerdote tem problemas como qualquer outro mortal; dica de um livro sobre economia; uma poesia de Fernando Pessoa e uma piada para descontrair seu dia.

CLAQUETE: A Voz do Coração (Les Choristes – França, Suíça e Alemanha, 2004)

De volta ao lar para lamentar o falecimento de sua mãe, Pierre Morhange (Jean-Baptiste Maunier), renomado maestro, passa a refletir sobre sua infância e os rumos que sua vida tomou desde então. Entre suas lembranças, está a memória do seu professor de música, Clément Mathieu (Gérard Jugnot), através das páginas do antigo diário do mestre. Enquanto menino, na década de 1940, Pierre é uma criança rebelde e filho de Violette Morhange (Marie Bunel), mãe solteira, que tem dificuldades de manter o sustento da família no período da França ocupada pelos nazistas. Pierre é aluno de um internato, comandado pelo rigoroso Rachin (François Berléand), que já não sabe mais o que fazer para conter os maus comportamentos de seus “hóspedes”. No entanto, tudo passa a mudar quando a escola admite o professor Mathieu, que organiza um coro e revela talentos desconhecidos em cada aluno. A Voz do Coração tem roteiro e direção de Christophe Barratier.


EM CARTAZ: Temos Papa (Habemus Papam – França e Itália, 2011)

Após o falecimento do Papa, os fiéis, na Praça de São Pedro, em Roma, esperam o decano cardeal protodiácono proferir as palavras: “Habemus Papam” (temos Papa). Mas, por sentir um ataque de pânico por tamanha responsabilidade, o Sumo Pontífice eleito (Michel Piccoli) não aparece na sacada para saudar a nação católica. Com isso, os cardeais tentam de tudo para convencê-lo a encarar a multidão e dar seu primeiro testemunho de fé, inclusive, convocando um dos mais renomados psicanalistas da Itália (Nanni Moretti), que também é um ateu convicto. Mas nem assim o Santo Padre consegue afastar seus medos e passa a andar solitário pelas ruas de Roma por três dias, e uma decisão importante terá que tomar para decidir seu futuro. Comédia dramática assinada triplamente por Nanni Moretti, que atua, roteiriza e dirige a obra e mostra como até um homem com responsabilidade de maior sacerdote de uma grande religião tem seus momentos de fraqueza. Veja onde o filme vai passar na sua região, no site Cineclick.


PAPIRO: Introdução à Economia

A dica de livros desta semana é Introdução à Economia (Editora Saraiva, 392 p.). Seu foco são estudantes nas quais esta disciplina está incluída, como os de Administração, Contabilidade, Relações Internacionais, Atuárias e o próprio curso de Ciências Econômicas. É uma edição reformulada e atualizada do livro Manual de Economia, escrito pela equipe de professores da USP e organizado também por Diva Benevides Pinho, Marco Antonio S. de Vasconcellos e Rudinei Toneto Jr. O objetivo é trazer os conceitos essenciais para a disciplina Introdução à Economia, de modo conciso e didático.


UM MOMENTO DE CULTURA: Tudo que Faço ou Medito

Tudo o que faço ou medito

Fica sempre na metade

Querendo, quero o infinito

Fazendo, nada é verdade

 

Que nojo de mim me fica

Ao olhar para o que faço!

Minha alma é lúdica e rica

E eu sou um mar de sargaço

 

Um mar onde bóiam lentos

Fragmentos de um mar de além...

Vontades ou pensamentos?

Não o sei e sei-o bem

Poesia do poeta português Fernando Pessoa (1888-1935), escrita em 13/09/1933.


PIADAS E ANEDOTAS:

Juquinha fez um texto em que escreveu a palavra 'cabeu'. A professora não gostou e lhe deu uma tarefa extra:

- Juquinha, hoje não terá recreio para você. E vai me escrever 50 vezes em uma folha a palavra 'coube', desse jeito você aprende.

Ao fim da tarefa, Juquinha entregou duas folhas, mas, mais uma vez a professora retrucou:

- Juquinha, não mandei você me entregar o exercício em uma folha?

- Ah, fessora, é que tudo não 'cabeu' numa folha só!

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