Oito dicas para obter bons resultados nos estudos

Psicoterapeuta dá dicas para dominar o estresse e a ansiedade para se preparar bem para o Enem

Myriam Durante (*)

cerebro raioxManter a concentração nos estudos, dominando o estresse e aprendendo a controlar a ansiedade, pode fazer toda a diferença no desempenho do aluno. O estresse (por medo, ansiedade, insegurança etc.) e a falta de concentração (por excesso de confiança, euforia, desleixo, entre outros) desequilibram as emoções, modificando a fisiologia e também os processos inconscientes do corpo.

Já com o corpo relaxado, a pressão sanguínea e os batimentos cardíacos diminuem, tranquilizando a mente e permitindo que a memória funcione melhor. O cérebro é uma máquina maravilhosa, um músculo que tende a ficar mais forte à medida que é usado. E, para que ele possa funcionar perfeitamente, é preciso exercitá-lo e estimulá-lo.

A seguir, confira algumas dicas para quem vai prestar o Enem. As dicas fazem parte do livro da especialista “Aprendizagem acelerada – Elimine o estresse e aprenda melhor”, da editora Ser Mais.

#1 Aprenda a relaxar

Quando a ansiedade toma conta, o relaxamento pode ajudá-lo a libertar a tensão muscular e reduzir ou afastar as suas preocupações. Com o corpo relaxado, a sua mente irá focar-se nessa sensação de bem estar e, automaticamente, abandonar os pensamentos ansiosos. Quando você está ansioso respira mais rápido. Essa hiperventilação provoca sintomas físicos como tontura, falta de ar, rigidez, formigamento nas mãos e pés. Esses sintomas são assustadores levando a mais ansiedade e pânico. Mas, ao respirar profundamente, você pode reverter esses sintomas e acalmar-se. A prática regular do relaxamento aumenta a sensação de serenidade e alegria.

#2 Concentre o foco

Ficar ligado em uma só tarefa por vez, entendê-la e dedicar-se a ela, consolida o aprendizado e faz o cérebro ficar ligado.

#3 Mantenha uma dieta equilibrada

Para funcionar corretamente, nosso cérebro retira a energia que precisa da comida que você ingere e do oxigênio que você respira. Para ter energia, o cérebro precisa de muita glicose. Por isso, ter uma alimentação equilibrada e variada, é essencial para garantir a saúde do seu cérebro e deixá-lo mais resistente para combater os efeitos negativos do estresse e do envelhecimento.

#4 Beba água

O corpo de um adulto é formado, em média, por 60% a 65% de água. Quando há uma queda de 5% nesse percentual de água corpórea, há também uma queda de quase 30% no desempenho do cérebro. Se a pouca ingestão de água se torna um hábito, o cérebro começa a se adaptar para sobreviver, mas sua capacidade de funcionamento pleno vai ficando a desejar. A água é necessária para todo e qualquer processo biológico, reação química ou ação mecânica que ocorra no corpo.

#5 Visualize o que deseja

Estudos comprovam que os exercícios de visualização ativam a capacidade mental. Pratique fazendo pequenos “filmes mentais” de tudo que aprender. Dessa maneira, o cérebro registra com muito mais facilidade e você poderá relembrá-los mais facilmente.

#6 Faça exercícios mentais

O cérebro é o tipo de órgão que, quanto mais você usa, mais ele fica ativo. Estudar, ler, usar a criatividade... Tudo isso contribui para afiar a mente. Praticar palavras cruzadas e jogos de tabuleiro, como xadrez e dama, aperfeiçoam os poderes de raciocínio. A melhor dica é aprender algo novo, criando novas conexões neurais e aumentando a capacidade cognitiva.

#7 Faça exercícios físicos

O exercício físico fortalece os circuitos cerebrais, que são responsáveis pelas funções executivas, como analisar um problema, fazer uma conta matemática ou finalizar uma tarefa complexa. O exercício também melhora a circulação do corpo, levando proteínas e nutrientes para o cérebro. Para sentir os resultados, é preciso colocar o corpo em ação por pelo menos 30 minutos por dia. Vale praticar exercícios leves como uma boa caminhada.

#8 Durma bem

Dormir bem é fundamental para guardar as informações adquiridas ao longo do dia, pois entre as funções do sono e do sonho está a consolidação de memórias de longo prazo. Quem sofre de insônia tem memória prejudicada. Dormir permite ao cérebro descansar. Dormir menos que o necessário ou de maneira insatisfatória prejudica o desempenho intelectual, a memória e a concentração. Quem dorme mal tem dificuldade para focar a atenção. Como consequência, tem mais dificuldade de se lembrar de algo. Em média, um adulto precisa dormir de sete a oito horas por dia. Para saber se o seu sono está satisfatório, observe se você acorda relaxado e bem disposto. Evite usar aparelhos eletrônicos, ver TV ou pensar em coisas negativas antes de dormir. Tudo aquilo que você faz trinta minutos antes de se deitar é o que você levará para o sono.

Sobre a autora

(*) Myriam Durante é psicoterapeuta holística, hipnóloga e especialista em comportamento humano há mais de 30 anos. Também é presidente do IPOM - Instituto de Pesquisa e Orientação da Mente, uma entidade destinada às pesquisas e estudos sobre o desenvolvimento da mente. A especialista é criadora do famoso relaxamento “Aprenda a Relaxar”, que já foi visto por mais de 100 mil pessoas no Youtube e hoje é utilizado em várias clínicas, hospitais e também entidades de apoio às crianças e adolescentes com câncer. A especialista também é autora do livro “Aprendizagem acelerada – Elimine o estresse e aprenda melhor”.

 

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