Historiadores querem recriar vinho do Império Romano

Pesquisadores reutilizam técnicas de plantio, produção e armazenamento

Na intenção de recriar o plantio e cultivo de uvas na produção e armazenamento de vinho que era fabricado na Roma Antiga, um grupo de cientistas da Universidade de Catania, na Sicília, Itália, está reproduzindo as técnicas de seus antepassados, sem máquinas, fertilizantes ou pesticidas.

Com réplicas de ferramentas usadas na época dos imperadores e legionários, os pesquisadores utilizam as técnicas descritas no Manual de Agricultura do livro Georgics, do poeta Virgílio (o mesmo da Eneida), e do enólogo do século I, Columella, com métodos que foram utilizados até o século XVII.

Os historiadores plantaram oito tipos de uva, como a Nerello Mascalese, Visparola, Racinedda e Muscatedda. Na Roma Antiga, Columella citava 50 tipos da fruta, embora suas equivalentes não sejam todas conhecidas atualmente.

Depois de prontos, os vinhos são armazenados em ânforas de terracota, onde são revestidas por dentro com cera de abelha e enterradas no chão até o gargalo. Elas são deixadas abertas durante a fermentação, antes de serem seladas com argila ou resina.

 “Não estamos usando agentes fermentadores, mas acreditando nas leveduras naturais, o que faz com que isso possa ser chamado de arqueologia experimental. Descobrimos que as técnicas romanas eram mais ou menos usadas na Sicília até poucas décadas atrás. Isso mostra o quão avançados os romanos eram”, informou Mario Indelicato, um dos pesquisadores.

Fonte: Revista Adega

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