Cientistas acham no Brasil o maior pterossauro do hemisfério Sul

A descoberta ocorreu na Chapada do Araripe

Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) divulgaram, na última quinta-feira (20), a reconstituição do fóssil do maior pterossauro descoberto no hemisfério sul, que viveu há 110 milhões de anos.

O Tropeognathus, da família dos Anhanguerideos, media 8,5 metros de comprimento de uma asa a outra, e foi descoberto em 2011 na Chapada do Araripe, entre os Estados de Pernambuco, Ceará e Piauí, mas só agora os cientistas concluíram a montagem do esqueleto. A descoberta da UFRJ foi em parceria com a Universidade Regional do Cariri (URCA) e Museu de Ciências da Terra.

“Este é o réptil voador pré-histórico mais importante encontrado no Brasil e o maior descoberto no hemisfério Sul. O aspecto mais interessante da pesquisa é a descoberta do gigantismo desses dinossauros que viveram há mais tempo do que imaginávamos e sobrevoaram os céus brasileiros. Em termos de pterossauros, o Brasil se destaca e tem tido uma grande contribuição nesses últimos anos. Os ossos desses animais são extremamente finos, com espessura de até 2 milímetros. Isso já dá uma ideia da dificuldade de preservar esse animal”, disse Alex Kellner, pesquisador do Museu Nacional da UFRJ, um dos descobridores do espécime.

A Chapada do Araripe é considerada uma área rica em descobertas de fósseis, sendo um dos principais locais com grande número de espécies pré-históricas do mundo.

“Lá já encontramos fósseis de dinossauros, tartarugas, sapos, inúmeras espécies de peixes e plantas. Há ainda muitos fósseis para serem descobertos, haverá muito trabalho para várias gerações de pesquisadores e paleontólogos”, informou Diógenes Campos, diretor do Museu de Ciências da Terra.

Fonte: Fabíola Ortiz (UOL)

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