Sociedade de consumo banaliza conceito de felicidade

Psicólogo afirma que o homem contemporâneo não é feliz

O psicólogo Luciano Espósito Sewaybricker desenvolveu uma pesquisa que relata a tendência à simplificação do que é a felicidade e do que pode tornar as pessoas felizes na busca de suprir necessidades de consumo da atual sociedade, no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IP-USP).

“Felicidade pode ser um meio termo ou um extremo entre aspectos individuais ou coletivos, entre ideais ascéticos e ontológicos, prazeres e virtudes. Suprir felicidades não significa que você não volte a um estado de insatisfação”, argumentou.

Para Luciano Sewaybricker, o caminho da busca à felicidade, com seus obstáculos e decepções, leva a uma discussão já há muito abordada, tanto que o homem que se julga feliz vive numa eterna indagação se é realmente feliz nessa condição. “Procurei trazer clareza para um tema constantemente em pauta”, disse.

O psicólogo citou o filósofo francês André Comte-Sponville, um dos pensadores utilizados na pesquisa, que o homem atual não é feliz, já por conta da insistência no tema da busca da felicidade. “Tanto se fala quanto menos se tem” parafraseou.

Mais informações no e-mail do autor: luseway@uol.com.br.

Fonte: Mariana Melo (Agência USP de Notícias)

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