14 erros mais comuns que os brasileiros cometem em inglês

Amanda Cunha, do Centro Britânico, dá dicas de como evitar alguns equívocos causados pela influência do português

Durante o processo de aprendizagem da língua inglesa, frequentemente, os brasileiros cometem alguns erros que, na maioria das vezes, tem o idioma materno como influência, no caso o português.

“Essa influência faz com que muitas pessoas cometam certos tipos de erros que são altamente previsíveis”, afirma a consultora acadêmica, do Centro Britânico Idiomas. Para isso, ela exemplifica 14 situações e dá dicas para evitá-los.

1. Traduzir ao pé da letra expressões que existem em português, mas que não existem em inglês

Um bom exemplo é “make beautiful” que é usado quando se quer dizer “vamos fazer bonito”, quando na verdade essa expressão não se usa em inglês com esse sentido.

2. Falsos cognatos

Algumas palavras em inglês são semelhantes ao português. Um bom exemplo disso é o famoso “push” que encontramos nas portas dos estabelecimentos. O que costumamos fazer? Puxar a porta, certo? Errado! O certo é empurrar a porta, porque “push” na verdade significa empurre. Se precisamos puxar alguma coisa, o termo é “pull”.

3. Uso de “nothing” ao invés de “anything”

No português costuma-se negar duas vezes ao dizer por exemplo: “eu não sei de nada”, e ao se falar em inglês habitualmente se diz: “I don’t know nothing”, quando na verdade deveria ser dito “I don’t know anything” para que se tenha o mesmo significado.

4. Confundir palavras com grafias similares

No inglês, há palavras que têm grafias muito similares, mas com significados e pronúncias diferentes que às vezes causam confusão, como por exemplo, “desert” e “dessert”. O primeiro significa deserto e o segundo, sobremesa.

5. Não saber a grafia das palavras ou escrever como se fala

No português, há semelhança muito mais próxima que o inglês entre o registro escrito e o falado. Essa característica do inglês (a diferença entre a forma como se escreve e a forma como se pronuncia) faz com que se traga uma dificuldade a mais para o estudante. Uma dica é compreender a fonética das palavras e isso é algo que o Centro Britânico proporciona. Um exemplo é a palavra “country”, cuja pronúncia é “cântry”.

6. Confundir o verbo “haver” com “to have”

No português “haver” tem sentido de existência, porém, em inglês usa-se o verbo “there is” para existência no singular, “there are” no plural e “have/has” para posse.

7. Esquecer o “s” na terceira pessoa

Um erro muito comum dos brasileiros é esquecer que os verbos na terceira pessoa do singular (he, she ou it) levam um “s” final, ou seja, “I work”, “she works”.

8. Esquecer das irregularidades dos verbos em inglês

Os verbos em inglês, assim como em português, são regulares e irregulares, por isso é preciso tomar muito cuidado para não se conjugar todos eles como se fossem regulares, uma vez que não o são. Há verbos que, no passado, ganham o acréscimo de “ed” (“talk-talked” “work-worked”). Porém, há um número razoável de verbos que é irregular, ou seja, tem a sua estrutura completamente alterada quando conjugadas no passado (exemplos “go-went” “eat-ate”.

9. Uso excessivo do verbo “to be”

A primeira coisa que se aprende na escola é o verbo “to be” e, às vezes, pensa-se que é preciso usá-lo sempre, já que estamos mais familiarizados com ele. Porém, a grande maioria das frases em inglês pode não ter o verbo “to be”, mas sim outro auxiliar, como “can” ou “do”. 

10. Troca de adjetivos

O normal na língua inglesa é que os adjetivos venham antes dos substantivos (exemplo: girl – garota / substantivo e beautiful – bonita / adjetivo). Ao se formar a frase, coloca-se o adjetivo antes do substantivo: “She is a beautiful girl”.

11. Pronúncia do “h”

No português o “h” tem som mudo, ou seja, não é pronunciado. No inglês ele pode ter som de “r”, portanto, a palavra “have” se pronuncia “rave” e não “ave”, como faríamos no português.

12. Querer a tradução literal de todas as palavras do inglês

Não é possível fazer tradução literal de algumas expressões do inglês, por isso aconselha-se não confiar somente no Google tradutor. Não temos, por exemplo, uma tradução para a palavra “saudade”. Temos uma expressão equivalente a “eu sinto a sua falta” que é “I miss you”.

13.Confundir os verbos “make” e “do”

No inglês, embora os verbos “make” e “do” possam ser traduzidos como “fazer”, no português, são usados em contextos diferentes. Dizemos “make lunch” (fazer o almoço) e antes de dormir “do your homework” (fazer a lição de casa). A dica aqui é associar o verbo com os complementos (make - breakfast, lunch, dinner, time, etc; do - homework, exercise, yoga, a test, etc)

14. Não usar um dicionário (de preferência unilíngue para que você possa aprender melhor)

Quando se aprende uma língua nova, ao se deparar com uma palavra desconhecida e que não se compreende pelo contexto, o erro é ter receio de utilizar um dicionário. No começo quando não se domina o idioma, pode-se usar um dicionário bilíngue (inglês-português). Na medida que for avançando no aprendizado, é de suma importância que seja utilizado um dicionário unilíngue (inglês-inglês), para que possa aprender os significados apresentados em inglês e não na língua materna.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Centro Britânico (www.centrobritanico.com.br)

 

 

Adicionar comentário


Conteúdo Relacionado