ENEM: na hora do "branco", lembre-se do semáforo

Como se livrar do “branco” rapidamente na hora do exame

Sandra Garcia (*)

semaforo vermelhoA poucos dias do Exame Nacional do Ensino Médio – Enem, os mais de 8,7 milhões de inscritos empenham-se em tirar as últimas dúvidas e buscar os mais variados recursos para se sair bem na prova. Afinal, além de avaliar a proficiência ao final do Ensino Médio, o exame é também utilizado como vestibular para uma série de universidades públicas e particulares, tornando-se essencial para definir o futuro de cada participante, para qual carreira poderá seguir no Ensino Superior e, posteriormente, no mercado de trabalho.

Não à toa, tamanha importância pode acabar gerando uma série de reações emocionais nos estudantes na hora da prova, como o “frio na barriga”, o nervosismo e a ansiedade, entre tantos outros. Um dos acontecimentos mais comuns relatados em exames desse porte é o “branco” na hora de resolver uma questão. Ou seja, o estudante domina todos os conceitos, sabe resolver determinado problema, mas de repente se esquece de tudo, como se sofresse um verdadeiro apagão.

Em primeiro lugar, deve-se ressaltar que isso é normal com todas as pessoas, especialmente pela carga emocional e pela tensão envolvida na prova. O que devemos prevenir é que o “branco” em uma questão ou em um determinado momento, leve o estudante a um colapso total que o atrapalhe por muito tempo e prejudique todo o seu desempenho no restante da prova, comprometendo todo o seu período de estudos devido a um fator emocional.

A questão é: como se livrar do “branco” rapidamente na hora do exame?

Uma das saídas para driblá-lo de maneira consciente e inteligente é recorrer a métodos metacognitivos. Com origem na psicologia, tratam-se de recursos organizadores do pensamento e das ações que auxiliam a monitorar e modificar as estratégias de encontrar respostas em situações de resolução de problemas. Utilizando símbolos do cotidiano, eles organizam e ampliam estratégias de pensamento, possibilitando a metacognição, ou seja, a reflexão sobre a própria ação ou pensamento. Um dos métodos mais conhecidos que tem ajudado muitos estudantes a controlar o nervosismo em avaliações é o do “Semáforo”.

Ao se deparar com uma situação em que o “branco” apareça, lembrar da figura e das cores de um semáforo pode reorientar o estudante a dar um passo atrás, para depois seguir em frente. Primeiro, a luz vermelha indica o “Pare! Você precisa reavaliar toda a questão novamente”. Depois, a luz amarela, que sinaliza “Atenção! Concentre-se novamente em todos os pontos importantes”. Por fim, a luz verde, que indica “Siga! Agora que você retomou, vá em frente e resolva o problema”

Embora simples, o conceito do “Método do Semáforo” tem complexidade psicopedagógica e princípios nas neurociências. Ele faz parte da Metodologia Mind Lab, adotada por quase mil instituições de ensino públicas e particulares de todo o Brasil e que tem apoiado o desenvolvimento cognitivo e socioemocional desde a primeira infância, preparando-os para os desafios cotidianos. No Programa, os métodos são apresentados durante a prática de jogos de raciocínio, mas o uso extrapola a sala de aula e visa ajudar os alunos em situações do seu dia a dia. Nas provas, por exemplo, o Semáforo ajuda o aluno a colocar em prática o que sabe, minimizando a influência dos fatores emocionais na sua proficiência técnica, que é o que o Enem avalia.

Boa sorte e boa prova a todos! E, na hora do “branco”, lembre-se do “Método do Semáforo”.

sandra garcia mindlab(*) Sandra Garcia é mestre em psicologia na área do Desenvolvimento Humano e Processos de Ensino-Aprendizagem e Diretora Pedagógica da Mind Lab. Graduada em Pedagogia-Licenciatura Plena com Habilitação em Supervisão Escolar e pós-graduada em Psicomotricidade, é pesquisadora educacional, particularmente nos processos de ensino e de aprendizagem de crianças e jovens e na formação de professores. 



Leia também:  3 superdicas para a reta final do Enem

Comentários   

0 # Didasko Centro Educacional 26-02-2015 23:00
Sandra,li sobre a técnica há pouco tempo e gostei também do modo com que abordou.
Eu uso e ensino com meus alunos.
Abraços!
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