III Encontro de Reitores da Universia foca a universalidade da Educação

Secretária Geral Ibero-Americana opina sobre a igualde de titulação superior

DSC01625 Na manhã da última segunda-feira (28), deram início as palestras do III Encontro Internacional de Reitores Universia, no Rio de Janeiro (RJ), com a participação de professores, diretores e empresários de instituições de ensino de 33 países.

Na abertura das atividades, a costarriquenha Rebeca Grynspan, secretária-geral Ibero-Americana, discursou sobre o ensino a distância (EaD); no papel da Educação como medida de redução das desigualdades sociais; e na universalização do conhecimento acadêmico em todos os níveis de ensino.

“É papel dos governos e das instituições de ensino trabalhar pela igualdade da educação no mundo. Uma sociedade sem educação só contribui para uma desigualdade social e econômica. É preciso concentrar nossos esforços para uma universalização da educação em todos os países”, disse a secretária.

Em entrevista ao Professornews, Rebeca Grynspan respondeu sobre a questão do reconhecimento de títulos, diplomas e certificados de instituições de ensino superior no mundo.

Professornews:  Certificados de MBAs conquistados na Europa e nos Estados Unidos têm peso de um stricto sensu, mas aqui no Brasil, eles equivalem a uma especialização. O que a senhora acha dessa diferença de títulos acadêmicos?

DSC01676 Rebeca Grynspan: Esse é um assunto muito complexo e complicado. Mesmo existindo acordos bilaterais entre universidades, nem sempre os diplomas se equivalem porque leva-se em conta a qualidade do curso, seus critérios de avaliação e o nível de excelência da instituição que a emitiu. Mas é importante também destacar o papel dos governos nesse processo.

Professornews: Então a senhora acredita que a burocracia dos governos influencia mais do que o julgamento das universidades? Porque, mesmo existindo acordos bilaterais entre os governos, há casos em que títulos obtidos no exterior são reconhecidos por umas instituições e por outras, não. Há casos também em que um diploma de uma universidade particular não vale numa da rede pública, e isso acontece também de uma instituição pública para outra.

Rebeca Grynspan: Em absoluto. É como eu disse, tudo baseia-se na qualidade. Existem universidades públicas que estão entre as melhores do mundo, que se destacam e muito, acima das outras. E isso implica no reconhecimento de títulos. Não basta possuir um certificado de uma pública para ter a mesma equivalência. E, claro, existem também instituições particulares de ótima qualidade e outras nem tanto. Acredito que a igualdade de títulos é algo gradual, não acontecerá em todas as instituições ao mesmo tempo.

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