Governo diz que não tem agenda para marcar reunião com professores em greve antes de 31/7

A "falta de agenda" compromete as negociações

Atenção: o título e o texto originais desta notícia foram corrigidos, pois haviam sido publicados com erro em datas. Pedimos desculpas pelos transtornos causados (12/07/2012, às 16h05). 

Nova atualização em 12/07/2012, às 20h05. Veja em: Planejamento volta atrás e marca reunião com professores federais em greve para esta sexta.


No último sábado (7), a greve das universidades federais completou 50 dias e, depois do pronunciamento do Ministério do Planejamento de que ainda não há uma data para reunião com os professores, a paralisação poderá durar mais do que se imagina.

De acordo com o governo, o motivo é a “falta de agenda” para iniciar as negociações, pois está negociando com mais de 30 sindicatos e não pode atender à classe docente antes do final de julho. A última reunião entre os sindicatos e o Ministério do Planejamento ocorreu em 12 de junho, e havia sido acertado um novo encontro no dia 19 do mesmo mês, que foi adiado com data ainda em aberto.

“Nos sentimos afrontados com o fato de o governo não marcar uma nova reunião e não apresentar propostas”, disse o presidente da Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes-Federação).

O imbróglio entre os lados permanece por conta das competências dos ministérios. Enquanto a reivindicação dos docentes, quanto ao plano de carreira, é tratada pelo Ministério do Planejamento, outros fatores, como condições de trabalho dos professores e verbas para universidades, são tratados pelo Ministério da Educação (MEC).

“O MEC não pode ficar alheio. O governo, no seu arranjo interno, estipula que todos os processos que envolvem pessoal e orçamento devem ser tratados no Ministério do Planejamento, mas temos muitos pontos na pauta que é o MEC que tem que resolver”, afirmou Luiz Henrique Schuch, vice-presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN).

Fonte: Suellen Smosinski (UOL)

Comentários   

0 # MARCIA CARAMASCHI 13-07-2012 21:45
Estou profundamente indignada com este governo que não tem interesse em resolver um impasse entre Ministérios e esta categoria que efetivamente deveria ser tratada como elite. O que podemos concluir é que o governo disponibiliza 1/4 do orçamento da União para a educação, entretanto não se preocupa em verificar se o recurso está sendo utilizado para construir a base do conhecimento da sociedade.
A formação acadêmica, de alto nível, está estagnada em todo o país, sem previsão de retorno, prejudicando a formação daqueles que deverão estar no controle do país nos próximos anos.
Meu nome é INDIGNAÇÃO!!!!
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