São Paulo, 458 anos: a escola virou uma megalópole

Uma cidade com tamanho de uma nação

São Paulo completa, nesta quarta-feira, 458 anos.É o principal polo financeiro da América Latina e a cidade mais populosa do Brasil. E pensar que tudo começou com um pequeno colégio. Por volta de 1553, os padres jesuítas José de Anchieta (1534-1597) e Manuel da Nóbrega (1517-1570), chegaram ao planalto de Piratininga com intenção de achar um local propício para educação e catequização dos índios.

O lugar foi encontrado nos arredores dos rios Tamanduateí e Anhangabaú, onde rezaram uma missa. Era o dia 25 de janeiro de 1554. Tinha “ares frios e temperados como os de Espanha” e “Uma terra mui sadia, fresca e de boas águas”.

Outrora ponto de partida de bandeiras que saíam com a missão de desbravar o Brasil, hoje, Piratininga é a megalópole de São Paulo, com mais de 11 milhões de habitantes.

Uma cidade que poderia ser considerada uma nação, visto que abraça gentes de vários credos, religiões, cores, etnias, países e demais regiões do Brasil. Dentre tantas personalidades paulistanas da arte, cultura, música, teatro e cinema que aqui poderiam ser citadas, destacamos alguns professores universitários famosos, como Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982), Ubiratan D'Ambrósio, Eduardo Suplicy e Antônio Delfim Neto.

Talvez o estudioso mais lembrado da cidade e do Brasil seja um esportista e não exatamente um acadêmico: Charles Miller (1874-1953). O introdutor do futebol no Brasil era paulistano do Brás. Por conta das origens familiares, foi estudar na Inglaterra e retornou ao país em 1894, quando criou a Liga Paulista de Futebol, originando o primeiro campeonato do esporte bretão em terras brasileiras.

É difícil definir a essência cultural e de identidade social do paulistano, justamente pelo verdadeiro caldeirão de influências externas e internas, que nos deixa sem saber onde começa e onde termina a raiz do povo de São Paulo. Em 2009, o apresentador fluminense Marcelo Adnet, da MTV, esteve no Programa do Jô, da rede Globo, e concedeu uma entrevista bem humorada sobre os sotaques que se encontram na capital paulistana. A entrevista até nos faz pensar: em outra capital brasileira existe mais de um sotaque?

Antes tão ilustrada por famílias que, com orgulho, diziam-se herdeiros da coragem dos bandeirantes que desbravaram o Brasil, hoje, São Paulo parece mergulhada em outras tendências menos enraizadas, pelo menos em seu centro comercial e financeiro. Na Avenida Paulista, muito edifícios suntuosos usam o aditivo “trade center”. Tapetes e carpetes convidativos com “welcomes” estampados ou até mesmo as vitrines que ostentam os “sales” tentam convencer os clientes. Influência do papel internacional que a grande cidade carrega.

São Paulo foi cantada e homenageada por muitos cantores e compositores, sendo igualmente difícil para cidadãos de qualquer geração apontar quem melhor representou a alma da cidade. Da classe dos “paulistanos por opção” talvez Adoniran Barbosa, com Trem das Onze; Caetano Veloso, com Sampa; Billy Blanco e sua inesquecível Amanhecendo; ou Tom Zé, com São, São Paulo, Meu Amor, primeiro lugar do Festival de Música Popular Brasileira de 1968?

Em se tratando de músicos realmente da terra, aí é que a disputa se acirra. Que tal Ronda, de Paulo Vanzolini; Bom Dia São Paulo, da banda Joelho de Porco; e Isto é São Paulo, de Kazinho? Seja qual for a sua preferência, o Portal Professornews saúda todos os paulistanos e os que adotaram a cidade de São Paulo como novo lar, com a música São Paulo, São Paulo, da banda Premeditando o Breque.

Fontes: Cidade de São Paulo e São Paulo Minha Cidade

Organizado por: Alexandre César de Melo

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