Maria Helena Magalhães Sarmento Afonso (*)
Em quéchua, Machu Picchu é “velha montanha”, também chamada “cidade perdida dos Incas”. É uma cidade pré-colombiana bem conservada, localizada no topo de uma montanha, a 2.400 metros de altitude, no vale do rio Urubamba.
Cidade Sagrada rodeada de mistério, porque até agora os arqueólogos não puderam decifrar a história e a função dessa cidade pedregosa de quase um quilômetro de extensão, construída pelos incas em uma área geográfica mágica onde o andino e o amazônico convergem. Talvez o mistério nunca seja completamente revelado e, até agora, só há hipóteses e conjecturas.
Há várias teses que tentam explicar a razão pela qual Machu Picchu foi construída no local onde está, mas uma das mais aceitas diz que a cidade tinha uma função sagrada, pois ali ficariam cidadãos escolhidos pelo rei inca.
Aliás, Inca é o título dos soberanos ou príncipes do Peru, cuja dinastia foi destruída pelos espanhóis (o nome do seu povo é “quéchua”). Em Machu Picchu, eles estudavam a astronomia e o calendário, e realizavam, também, cerimônias sagradas. Para o povo quéchua, naquela época, as montanhas eram sagradas, já que eram as partes da terra mais próximas do céu, onde estava o plano superior.
Em 2007, foi eleita como uma das Sete Novas Maravilhas do Mundo e é considerada Patrimônio Mundial da Unesco.
Existem pessoas que dizem que vai a Machu Picchu uma única vez para conhecê-la, e pronto. Que engano! Cada vez que se vai lá, é possível observá-la de um ângulo diferente e interessante. Nunca se vê Machu Picchu da mesma maneira. Magia? Quem sabe? O que será que os antigos deuses incas querem nos mostrar?
Por falar neles, vejam a seguir os mais conhecidos e cultuados:
- Inti: deus supremo da religião inca;
- Viracocha: mestre do mundo;
- Mama Quilla: esposa do deus Inti e mãe Lua;
- Pacha Mama: também conhecida como a Mãe Terra, era encarregada de propiciar fertilidade à agricultura;
- Pachacámac: deus dos terremotos;
- Mama Sara: deusa Mãe do Milho, principal alimento dos quéchuas;
- Wacon: deus maligno e cruel; era o responsável pela seca na costa do Peru;
- Supay: deus que habitava as profundezas da Terra e o mundo subterrâneo dos mortos;
- Mama Cocha: deusa Mãe do Mar; representava tudo o que era feminino.
Mas o maior mistério de Machu Picchu refere-se à transformação das pessoas que estiveram lá. Quantas não encontraram um novo significado nas suas vidas ao deixarem-se levar por aquela energia especial?
Ao redor dos 40 anos, Shirley Maclaine estava à procura de si mesma, em busca de uma ligação entre matéria e espírito, pois sentia que faltava em sua vida um sentido, uma direção, um objetivo. Sua jornada espiritual foi longa, porém, reveladora e espantosa em todos os momentos. Lá e em outros locais em que esteve, ela entrou em contato com dimensões de tempo e espaço que, até então, para ela, pertenciam à ficção científica ou mesmo ao oculto.
Leia o texto completo no link da Professora Maria Helena.
Fotos: Carlos Sato
(*) Maria Helena Magalhães Sarmento Afonso é mestre em Comunicação, com pós-graduação em Sucesso Empresarial e Marketing Internacional e cursos de extensão em Marketing e Comércio Exterior na FGV. Coach certificada pela Integrated Coaching Institute. Diversos cursos no exterior sobre temas internacionais e interculturais. Palestrante internacional, professora de pós-graduação da Universidade Mackenzie e diretora da DBI Foreign Trade.