Total de profissionais dispensados chega a 800
A medida da Gama Filho acarretou o fim do convênio com o hospital Santa Casa da Misericórdia, que servia de laboratório e aprendizado para estudantes e estagiários e onde trabalhavam os professores-médicos. O hospital, que atendia à população gratuitamente como parte do Serviço Único de Saúde (SUS), encerrou suas atividades, com o desligamento de outros 622 profissionais.
De acordo com os profissionais, a Galileo Educacional, proprietária da Gama Filho, tomou essa decisão porque possui outro hospital, o Universitário Gama Filho, na Barra da Tijuca, que herdará as antigas atividades da Santa Casa. Segundo um professor da faculdade de Medicina, que atua no Sindicato dos Médicos do Estado do Rio de Janeiro (SinMed-RJ) e que não quis se identificar, explicou que muitos professores ignoram que foram demitidos, devido ao recesso de fim de ano.
O SinMed-Rj deverá reunir-se com os professores demitidos. De acordo com o presidente do sindicato, Jorge Darze, o Ministério da Educação e o Ministério Público serão notificados, pois há prejuízos na pedagogia e descumprimentos da legislação trabalhista.
“Essa limpa geral foi feita no fim do ano propositadamente, porque a sociedade está desmobilizada e os alunos estão fora. O provedor da Santa Casa da Misericórdia, Dahas Zarur, disse que ainda não foi informado sobre o fim do convênio. O impacto seria grande. Pedi uma audiência com a Galileo Educacional para saber o que está acontecendo”, explanou Darze.
Fontes: O Globo e Correio Progressista
Comentários
Dificil não abandonar um ideal diante do sucateamento que estão fazendo com o ensino superior brasileiro. Lamentável em todos os sentidos. O interesse financeiro nunca deveria ser superior ao ideal de formação dos futuros dirigentes de nosso país.
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