Canto da Chuva (xii): homem esconde passado misterioso, mas é amado por seus alunos

Prepare a pipoca, o chá-gelado e o travesseiro que a sessão vai começar

A edição do Canto da Chuva desta semana traz a estória de um homem com um passado misterioso, que passou a ser amado e idolatrado pelos seus alunos de uma academia de esgrima; um drama que se passa na época da Revolução Cultural na China; dica de um livro sobre termos de negócios; uma música de um desenho animado que encantou gerações do mundo e uma piada para descontrair seu dia.

CLAQUETE: O Último Duelo (By The Sword – Estados Unidos, 1991)

Recém-saído da prisão, o ex-campeão de esgrima Maximiliam Suba (F. Murray Abraham) é um homem com um passado misterioso e que tenta recomeçar a vida dando aulas numa academia. Para seu espanto, sua antiga forma já não é a mesma, e o dono da escola, Alexander Villard (Eric Roberts), que é bicampeão mundial da modalidade, oferece-lhe o cargo de zelador. Sem alternativas, Suba aceita a proposta, mas nos intervalos do trabalho, volta a treinar sozinho e com um dos mestres da academia. Sua performance faz com que Villard conceda-lhe a promoção para treinar alunos inexperientes. Enquanto Villard é conhecido pelos melhores estudantes como um mestre arrogante e que sua disciplina o faz pensar “que está no século XIV”, Suba é amado por seus discípulos, e a admiração cresce, quando, numa competição interna, alguns novatos chegam a superar os veteranos. No entanto, Villard começa a desconfiar da verdadeira identidade e do passado de Suba, que, com tal habilidade, como nunca fora mencionado nos anais da esgrima? Sua história vem à tona, quando Villard descobre que Suba fora adversário de seu pai naquela mesma academia, quando ele tinha apenas 10 anos. Mesmo com os astros F. Murray Abraham, que ganhou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, como o compositor Salieri em Amadeus (1984), Eric Roberts e Mia Sara (Erin Clavelli) que fez Sloane Peterson, a namorada de Ferris Bueller (Matthew Broderick) em Curtindo a Vida Adoidado, O Último Duelo não obteve muito êxito de público e crítica, mas fora dos EUA fez um grande sucesso. O roteiro é de John McDonald e James Donadio, e a direção é assinada por Jeremy Paul Kagan.

EM CARTAZ: A Árvore do Amor (Shan Zha Shu Zhi Lian – China, 2010)

Drama que se passa durante a Revolução Cultural (1966-1969) na China. Depois de ter seu pai preso pelos comunistas, por acusação de “direitista”, a jovem estudante do ginásio, Jing (Dongyu Zhou) é mandada para uma distante aldeia para se “reeducar”. A menina compreende que o futuro de sua família depende de seu comportamento, já que qualquer deslize poderá causar a infelicidade de seus parentes, pelas mãos das autoridades. Nesse ambiente de eterna angústia, Jing apaixona-se por Sun (Shawn Dou), filho de um general. Mesmo com os riscos que essa impossível união possam gerar, os dois jovens decidem arriscar a sorte num jogo muito perigoso. A obra é uma adaptação do livro Hawthorn Tree Forever, da autora Ai Mi, que inspirou-se em fatos reais de Jing, sua amiga pessoal. A Árvore do Amor tem roteiro escrito por Lichuan Yin, Xiaobai Gu e Mei Ah. A direção é de Zhang Yimou, mesmo diretor de Lanternas Vermelhas e O Clã das Adagas Voadoras. Veja onde o filme vai passar na sua região, no site Cineclick.

PAPIRO: Dicionário de Termos de Negócios

A dica de livros desta semana é Dicionário de Termos de Negócios (Editora Saraiva, 848 p.). Desenvolvido para ser uma ferramenta prática e acessível, este dicionário pode ser utilizado por profissionais, estudantes e todos os interessados em conhecer um pouco mais da terminologia utilizada no mundo dos negócios. Além disso, possui características que o tornam único no mercado: Apresenta equivalentes de expressões em inglês e português, aprofundando-se nos conceitos, sempre que necessário. Além disso, todos os termos são de fácil localização; Traz uma lista geral com abreviaturas de contextualização em inglês e português; e apresenta acrônimos e abreviaturas acompanhados pelo verbete nas duas línguas.

UM MOMENTO DE CULTURA: Marco, dos Apeninos aos Andes

Em um porto italiano

Ao pé das montanhas

Vive nosso amigo Marco

Em uma humilde morada

Se levanta muito cedo

Para ajudar a sua boa mamãe

 

Mas um dia a tristeza

Chega ao seu coração

Mamãe tem que partir

Cruzando o mar, a outro país

 

Não se vá mamãe

Não te afastes de mim

Adeus, mamãe

Pensarei muito em ti

 

Não te esqueças mamãe

Aqui tens seu lar

Se não voltares rápido

Te buscarei onde estiver

Não importa para onde vás

Te encontrarei

Marco, dos Apeninos aos Andes é um desenho animado que encantou gerações da infância de todo o mundo no fim da década de 1970 e começo dos anos 1980. Marco é um menino que vive em Gênova, no início do século XX, quando a Europa passava por crises sociais. Sem dinheiro para ajudar a sustentar a família, Ana, a mãe, deixa os dois filhos Paulo e Marco, com Pedro, seu marido, e parte para a Argentina em busca de trabalho. Depois de um período se correspondendo por cartas, Ana para de escrever e o menino tem a ideia de procurá-la. O desenho é cheio de cenas dramáticas, românticas e cômicas. E em muitas ocasiões, quando Marco estava prestes a encontrar sua mãe, algo o impedia. Quem assistiu Marco até chorava com a trilha sonora, antes mesmo de começar o desenho. A estória é inspirada no livro Cuore, do jornalista italiano Edmond de Amicis (1846-1908), foi produzida pela indústria japonesa Nippon Animation em 1976 e contou com 52 episódios. Para saber mais sobre o desenho, visite o site Desenhos Animados, que tem a trilha em português de Portugal. Infelizmente, a trilha sonora em português do Brasil se perdeu no tempo, mas também pode ser encontrada em espanhol no Youtube, com postagem de um brasileiro. Vale a pena conferir.

PIADAS E ANEDOTAS:

Dois alunos chegam mais de uma hora atrasados, eis que o professor retruca.

- Muito bonito, onde os dois estavam?

- Ah professor, acordei tarde, sonhei que estava na Conchinchina e levava um tempão para voltar para cá - disse o primeiro aluno.

Daí, o segundo emenda...

- E eu cheguei tarde porque fui buscá-lo no aeroporto, professor.

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