O presente e o futuro do livro eletrônico – Parte 3

No Brasil, ainda não se chegou a um consenso sobre o formato dos livros. Isso está rendendo muitas discussões acaloradas nos bastidores do mercado editorial. As livrarias também estão ameaçadas pelo sistema, uma vez que gigantes como a Amazon monopolizam esse mercado. Se as pessoas podem ler trechos dos livros e decidir comprar ou não a partir de casa, qual será a função dos livreiros nisso tudo? O que eles podem oferecer aos consumidores?

Mas e os livros antigos, fora de catálogo? Eles poderão ser relançados? Esse é o projeto do Google Books, que escaneou milhões de livros e tornou eles disponíveis para a visualização parcial. Se a pessoa se interessasse pelo livro, poderia comprá-lo. O problema é que muitos livros digitalizados pelo Google pertencem a indivíduos que não foram localizados ou são de fora dos EUA. O acordo oferecido pelo Google para o pagamento de direitos aos autores e editoras, nesse caso, não foi vitorioso, pois os detentores dos direitos acusaram o Google de monopólio e manifestaram seu descontentamento com os valores repassados. O projeto funciona atualmente como uma vitrine de livros, mais ainda não opera na totalidade.

Hoje, já é possível ler documentos em PDF ou outros formatos em diversos e-readers, e é possível que o preço destes dispositivos abaixe bastante com a possível a isenção de impostos dos livros aplicada a eles. Alguns deles contam com funcionalidades extras, como dicionários e programas para anotar comentários, que já podem beneficiar aqueles que leem muito. Mas a incerteza quanto ao formato de distribuição torna a compra uma aposta sobre o futuro da tecnologia.
Por Pedro Filardo

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