Universidades europeias querem atrair brasileiros

Para universidades estrangeiras, o Brasil está numa crescente no meio acadêmico

116px-nottingham.university.rutland.hallDevido à falta de interesse de candidatos para os cursos de Exatas, além da crescente estatística de envelhecimento da população da Europa, as universidades do Velho Mundo estão disputando estudantes brasileiros que desejam atuar nas áreas de Tecnologia e Engenharia.

O interesse dos europeus por alunos oriundos do Brasil teve início com o investimento do governo no Programa Ciências Sem Fronteiras, que disponibiliza bolsas de estudo para estudantes que almejam seguir nas áreas citadas. Mesmo com os holofotes voltados para o novo mercado, especialistas estrangeiros não ignoram os problemas da educação no Brasil.

"O Brasil está em evidência, mas sofre com a falta de talentos e tem uma enorme população que ainda não foi à universidade”, avaliou Éric Froment, presidente fundador da Associação das Universidades Europeias (AUE) e ex-reitor da Universidade de Lyon.

Para Christian Müller, diretor do escritório regional do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD, na sigla em alemão), o Brasil é um mercado a ser explorado por várias instituições de ensino em todo continente europeu.

"Uma de nossas metas é fazer com que o público brasileiro tenha interesse em estudar na Europa. Queremos que nossas instituições se tornem cada vez mais conhecidas entre os estudantes", disse.

Müller foi um dos organizadores do primeiro Salão Europeu de Pós-Graduação, com a participação de 70 instituições de 12 países em São Paulo em novembro passado. De acordo com o acadêmico, mais de 50 universidades da Alemanha deverão estar presentes no Ciência sem Fronteiras. O programa, aliás, despertou interesse de universidades renomadas de outros países, como Polônia, Suécia e Finlândia.

"O número de brasileiros ainda é pequeno nas nossas universidades e temos a intenção de aumentá-lo. Temos muito a oferecer aos alunos do país em ensino nas áreas de engenharia e inovação", acrescentou Pierre Liljefeldt, oficial de diplomacia da Embaixada da Suécia.

Fonte: Vívian Soares (Jornal Valor Econômico)

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