Como ser professor no ambiente virtual?

O desafio do professor no EaD é superar antigos modelos e desenvolver novas metodologias de ensino

tablet-ainolNo Brasil, o Dia do Professor é celebrado em 15 de outubro. A data remete à criação do ensino elementar no país em 1827. Desde então, a figura do professor em destaque na sala de aula, concentrando todo o conhecimento nele e sendo responsável pelo ensino é a imagem que ainda está fixada em nossa mente. Contudo, o avanço das Tecnologias de Informação e das Comunicações deu início a uma reconfiguração desse cenário. O que muda é que o aluno passa a estar no centro do processo e o docente passa a ser um mediador.

O Ensino a Distância (EaD) tem avançando a passos largos no Brasil e, com ela, o papel do professor vem tomando novos contornos. Quando falamos do professor no mundo virtual, não apenas discutimos a sua adaptação ao EaD, mas também na forma como os futuros profissionais têm escolhido essa modalidade de ensino para se especializar, isto e, lecionar. O Instituto Monitor (escola pioneira no Ensino a Distância no Brasil), por exemplo, tem aproximadamente 60 professores atuando nessa modalidade de ensino.

É um mito o pensamento de que o EaD dispensa a presença desse profissional. Pelo contrário, ele continua sendo essencial para contribuir para o aprendizado do aluno. À distância, o professor tem que mudar a postura e colocar em prática outros métodos de ensino. Ele é responsável por orientar e tirar as dúvidas dos alunos durante os estudos. A absorção do conteúdo não é prejudicada pelo distanciamento do docente, já que ele continua disponível para atender aos alunos nas plataformas on-line.

O professor do Instituto Monitor, Ovídio Netto, explica que a qualidade dos programas é um dos principais fatores de atratividade da metodologia. “Os conteúdos e materiais didáticos são produzidos levando-se em consideração que o professor não está em contato direto com o aluno, ou seja, no intuito de suprir essa distância”, diz. “Nesse aspecto, uma vez que o estudo torna-se individualizado, tem que ser criada uma mediação pedagógica eficaz e diferenciada que realmente garanta o entendimento do aluno”, defende o professor.

Para Eduardo Alves, diretor do Instituto Monitor, os professores frequentam cursos específicos para se adaptar à realidade virtual. “Neste modelo de ensino, o professor tem que trabalhar as dificuldades e as competências de cada estudante, com o objetivo de livrá-lo da massificação. Apesar de a tecnologia favorecer a racionalidade, o professor tem o compromisso ético de cumprir o papel humanizador, porque está lidando com a formação de outro indivíduo”, explica o diretor.

No EaD, o professor tem que dominar uma linguagem específica e novas tecnologias, além de estar aberto a mudanças culturais e pedagógicas na forma de ensinar. “No Monitor, o professor acaba mais envolvido com o processo, já que ele participa da preparação e da implantação dos cursos”, afirma Alves. Se comparada com o ensino presencial, a educação a distância exige a mesma preparação e qualificação dos professores das aulas presenciais.

Nesse sistema, o professor pode atuar de formas diferentes (muitas vezes, assume mais de um perfil):

- Professor conteudista ou autor: responsável por adaptar o conteúdo para o mundo virtual;

- Professor on-line/tutor: responsável por acompanhar o aluno durante o curso;

- Professor de estúdio: responsável pelas aulas teletransmitidas.

Segundo o professor do curso técnico em Transações Imobiliárias, Tadeu Andrade, o objetivo no EaD é fazer com que o conteúdo chegue ao aluno da forma mais inteligível possível. “Cada tipo de curso precisa de uma metodologia específica que varia conforme a área. Cursos da área de humanas, por exemplo, devem ser mais explanativos, enquanto os cursos da área de exatas precisam abordar aspectos técnicos por meio de gráficos, planilhas e fórmulas” conclui o professor.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Instituto Monitor

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